O violinista norte-americano Joshua Bell é hoje um dos maiores astros na constelação internacional de instrumentistas da música clássica. Apelidado de “o poeta do violino”, não só por sua ousada abordagem do repertório clássico, como também pela ausência de preconceitos que o faz abraçar vários gêneros além das fronteiras do erudito, Joshua Bell se transformou em um verdadeiro “superstar pop” mundial.
Recentemente Bell assumiu o desafio de substituir Sir Neville Marriner à frente da conceituadíssima Academia de St. Martin in the Fields, com quem já gravou as sinfonias números 4 e 7 de Beethoven. No total, possui mais de 40 gravações. Com um Grammy na bagagem, Joshua Bell é um colecionador de prêmios. Integra o Conselho de Administração da Filarmônica de New York e o Comitê do Kennedy Center de Washington. Bell toca em um violino Stradivarius Huberman de 1713 e usa um arco francês François Tourte do final do século XVIII.
No dia 30 de agosto, Bell traz seu virtuosismo para os palcos cariocas. Ele será a sétima atração a se apresentar este ano na Série O Globo / Dell’Arte Concertos Internacionais, que celebra em 2013 sua 20ª edição. Acompanhado do pianista italiano Alessio Bax, ele apresentará um programa que inclui várias peças de Mozart, Beethoven, Debussy e Grieg.
A Série O GLOBO / Dell’Arte Concertos Internacionais 2013 faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos, exposições e grandes musicais.
Joshua Bell
Chamado pela crítica especializada de “o poeta do violino”, Joshua Bell é, com seu empolgante virtuosismo, pureza de timbre e presença carismática, um dos violinistas mais célebres da atualidade. Seu mais recente desafio foi a indicação como Diretor Musical da Academy of St. Martin-in-the-Fields. Ele é a primeira pessoa a assumir o posto desde que a orquestra foi formada por Sir Neville Marriner em 1958. Sua primeira turnê aos Estados Unidos à frente do conjunto foi entusiasticamente saudada, e a primeira gravação da orquestra sob a direção do violinista conterá as quarta e sétima sinfonias de Beethoven, que se anunciam como o primeiro passo de um ciclo completo.
À vontade seja como solista, camarista, líder orquestral ou nos estúdios de gravação, as atuações de Joshua Bell no verão de 2012 incluíram a estreia de um novo concerto para violino e contrabaixo de Edgar Meyer, que ambos apresentaram em Tanglewood, Aspen e no Hollywood Bowl, e a abertura da temporada da Sinfônica de San Francisco. Também dirigiu sua orquestra em uma turnê à Europa e um recital com Sam Haywood.
Em 2013 Bell está participando de turnês aos Estados Unidos com a Orquestra de Cleveland e à Europa, esta última com a Filarmônica de Nova York, além de apresentações com as orquestras sinfônicas de Tucson, Pittsburgh, San Diego e Nashville.
Atualmente artista exclusivo da Sony Classical, Bell fez sua primeira gravação aos 18 anos para o selo Decca, tendo em sua bagagem, ao todo, mais de 40 CDs. Seus registros para a Sony incluem French Impressions, com o pianista Jeremy Denk, incluindo sonatas de Saint-Saëns, Ravel e Franck; At Home with Friends, As Quatro Estações de Vivaldi com a Academy of St. Martin-in-the-Fields, o Concerto para violino de Tchaikovsky com a Filarmônica de Berlim, The Red Violin Concerto, The Essential Joshua Bell,Voices of the Violin, e Romance of the Violin, apontado “CD Clássico do Ano” de 2004 pela Billboard. Suas gravações dos concertos de Sibelius e Goldmark, Beethoven e Mendelssohn foram mundialmente aclamadas. Gershwin Fantasy, indicada para o Prêmio Grammy, trazia a estreia de uma nova obra para violino e orquestra, baseada em temas de Porgy and Bess. O sucesso abriu caminho para outra gravação indicada para o Grammy, trazendo duas peças de Bernstein: a Suíte de West Side Story eSerenade. O violinista colaborou com Wynton Marsalis no álbum infantil Listen to the Storyteller e na gravação de Perpetual Motion de Bela Fleck, que conquistou o Prêmio Grammy com a trilha sonora do filme.
Buscando sempre oportunidades para ampliar o repertório do violino, Bell estreou novas obras dos compositores Nicholas Maw, John Corigliano, Aaron Jay Kernis, Edgar Meyer, Behzad Ranjbaran e Jay Greenberg. Tocou e gravou cadências de sua autoria para muitos dos mais famosos concertos para violino.
Joshua Bell tem sido visto por um imenso público televisivo em participações em programas que vão deThe Tonight Show, Tavis Smiley, Charlie Rose, e Sunday Morning da CBS ao Sesame Street eEntertainment Tonight. Em 2010 estrelou na TV o seu quinto Live from Lincoln Center Presents, intituladoJoshua Bell with Friends@ The Penthouse. Outras produções do PBS incluem Great Performances – Joshua Bell: West Side Story Suite, transmitida do Central Park, Concerto do Memorial Day realizado no gramado do Capitólio, e Biography na emissora A&E. Apresentou-se por duas vezes no Prêmio Grammy tocando música de Short Trip Home e West Side Story Suite. Em 2007 tocou incógnito numa estação de metrô de Washington, DC, para uma matéria do Washington Post assinada por Gene Weingarten, examinando a arte e seu contexto. A matéria valeu a Weingarten um Prêmio Pulitzer e desencadeou uma avalanche internacional de discussão que prossegue até hoje.
Bell cresceu em Bloomington, Indiana, ao lado de suas duas irmãs e tem muitas paixões além da música. Tornou-se um ávido jogador de vídeo game e um atleta competitivo. Aos 10 anos ficou em quarto lugar em um torneio nacional de tênis e ainda se mantém bem próximo de sua raquete. O primeiro violino ele ganhou aos 4 anos dos pais, que o flagravam dedilhando melodias com elásticos de escritório. Aos 12 passou a encarar o instrumento com seriedade graças, em grande parte, à inspiração do renomado violinista e pedagogo Josef Gingold, que havia se tornado seu querido professor e mentor. Dois anos depois Bell despertou a atenção do país com sua aplaudidíssima estreia com Riccardo Muti e a Orquestra de Filadélfia. Seu nome só fez crescer após a primeira apresentação no Carnegie Hall e no Avery Fisher Career Grant, que lhe valeram um notável contrato para gravações.
Em 1989 Bell recebeu um Diploma de Artista do Violino da Universidade de Indiana, onde hoje atua como catedrático na Escola de Música Jacobs. A Universidade onde estudou homenageou-o com um Prêmio Alumni de Serviço Notável; foi também nomeado uma “Lenda Viva Indiana” e recebeu o Prêmio de Artes do Governador de Indiana.
Em 2011 Bell foi recipiendário do Prêmio Paul Newman da Arts Horizons e do Prêmio Huberman da revista Moment. Em 2010 foi indicado “Instrumentista do Ano” pela publicação Musical America. No mesmo ano recebia o Prêmio Humanitário da Universidade Selton Hall. Em 2009 foi honrado com um Educação Pela Música e recebeu e o Prêmio da Academia pela Obra em 2008. Em 2007 foi-lhe outorgado o Prêmio Avery Fisher e foi reconhecido como Jovem Líder Global pelo Fórum Econômico Mundial. Foi introduzido no Hollywood Bowl Hall of Fame em 2005.
Hoje Joshua Bell integra o comitê artístico do Kennedy Center Honors e a Câmara de Diretores da Filarmônica de Nova York. Apresentou-se para o presidente Obama no Teatro Ford e na Casa Branca, tendo recentemente retornado à capital dos Estados Unidos para atuar para o vice-presidente Biden e para o vice da República Popular da Chna, Xi Jinping.
Seu violino é um Huberman Stradivarius e Bell usa um arco do final do século XVIII de François Tourte.
Alessio Bax, pianista
O pianista italiano Alessio Bax vem sendo louvado por criar “uma encantadora experiência auditiva” com seu pianismo lírico, interpretações criteriosas e espantosa facilidade. “Sua maneira de tocar é de uma intensidade quase hipnótica” — diz a revista Gramophone — levando a “uma experiência fora do corpo” (Dallas Morning News). Vencedor do 1º prêmio nos Concursos Internacionais de Leeds e Hamamatsu e recipiendário de uma subvenção do Avery Fisher Career, atuou como solista com cerca de noventa orquestras, aí incluídas as filarmônicas de Londres e Royal, as sinfônicas de Dallas e Houston, NHK do Japão, Filarmônica de São Petersburgo com Yuri Temirkanov, e a City of Birmingham Symphony Orchestra com Sir Simon Rattle.
Na temporada de 2012-13, voltou a se apresentar como solista com a Filarmônica de São Petersburgo e Temirkanov no concerto de abertura do Festival de Inverno de São Petersburgo; com a Sinfônica de Dallas dirigida por Jaap van Zweden no Festival de Música Bravo! do Vale Vail, e colaborou com o regente finlandês Pietari Inkinen na Dinamarca. Deu recitais solo na Universidade Rockefeller na cidade de Nova York, na Série Piano Masters do Conservatório de Boston, em Dumbarton Oaks, Washington, D.C., na Sociedade Chopin em Saint Paul e na Sala Spivey em Atlanta, além de apresentações na Venezuela, Coreia do Sul e Japão. Fez sua estreia na Sala de Recitais Weill no Carnegie Hall com a violoncelista Sol Gabetta, com a qual participou da última temporada no Kennedy Center. Voltará a se apresentar como camarista na Sociedade de Música de Câmara do Lincoln Center e a participar de uma turnê com sua frequente parceira de duos, a pianista Lucille Chung.
A entrada mais recente na aclamada discografia de Bax é Alessio Bax Plays Brahms (outono de 2012, Signum Classics). Sua gravação de 2011, Rachmaninov: Preludes and Melodies, recebeu aclamação unânime da crítica. Classics Today classificou-a de “apaixonada, Rachmaninov de classe mundial”, e oAmerican Records Guide apontou-a como “Escolha da Crítica 2011”. Bach Transcribed, de 2009, também recebeu comentários arrebatadores das revistas Gramophone (“impressionante”) e Fanfare (“este disco é imprescindível”). Baroque Reflexions, seu CD de 2004 para a Warner Classics, foi apontado “Editor’s Choice” da Gromophone e “Critics Choice” da American Record Guide (“um disco para entesourar”).
Bax já atuou com maestros do gabarito de Marin Alsop, Sergiu Commisiona, Sir Simon Rattle e Yuri Temirkanov. Participou dos principais festivais musicais da Europa e apresentou-se em recitais nas principais salas do mundo. Entre os artistas com quem colaborou destacam-se os nomes de Emanuel Ax, Joshua Bell e Sol Gabetta. Apresentou-se nas mais importantes redes de televisão da Europa, Estados Unidos e Japão.
Alessio Bax formou-se com honras, quando contava apenas 14 anos, no Conservatório de Bari, sua cidade natal na Itália, onde estudou com Angela Montemurro. Aperfeiçoou-se na França com François-Joël Thiollier e na Academia Chigiana de Siena com Joaquín Achúcaro. Em 1994 mudou-se para Dallas, onde continuou seus estudos com Achúcaro. Bax reside em Nova York ao lado da esposa, a pianista Lucille Chung e é um artista Steinway.
Programa
WOLFGANG AMADEUS MOZART
Sonata para violino e piano em Sol maior, K. 301
Allegro con spirito
Allegro
LUDWIG VAN BEETHOVEN
Sonata para violino e piano Nº 9 em Lá maior, “Kreutzer”, op. 47
Adagio sostenuto e presto
Andante con variazioni
Finale: Presto
CLAUDE DEBUSSY
Sonata para violino e piano Nº 3 em Sol menor
Allegro vivo
Intermède (Fantasque et léger)
Finale: Très animé
EDVARD GRIEG
Sonata para violino e piano Nº 3 em Dó menor, op. 45
Allegro molto ed appassionato
Allegretto expressiva alla romanza
Allegro animato
(Programa sujeito a alterações)
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