Considerada hoje uma das principais e mais prestigiadas orquestras do mundo, a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen se destaca por transitar dos compositores clássicos aos contemporâneos, sempre com interpretações que se sobressaem por fugir do convencional. Celebrada pela crítica especializada pela energia surpreendente de suas performances, ela é comandada por Paavo Järvi e tem no violinista finlandês Pekka Kuusisto um de seus colaboradores mais habituais.
É Pekka Kuusisto que comandará a apresentação carioca da Orquestra, no dia 27 de abril, no Theatro Municipal do Rio, como a segunda atração do ano da 22ª edição da Série O Globo / Dell’Arte Concertos Internacionais 2015. Kuusisto também será o violinista convidado da noite, em um programa que inclui peças de Mozart e Beethoven. A série tem o patrocínio do Grupo Bradesco Seguros e apresentará este ano oito atrações, entre os meses de abril e outubro.
Mais tradicional evento de música clássica do Rio de Janeiro e um dos mais importantes do gênero no país, a Série O GLOBO / Dell’Arte Concertos Internacionais 2015 faz parte do Circuito Cultural Bradesco Seguros, que apresenta para o público brasileiro um calendário diversificado de eventos artísticos com espetáculos nacionais e internacionais de grande sucesso, em diferentes áreas culturais como dança, música erudita, artes plásticas, teatro, concertos de música, exposições e grandes musicais.
Deutsche Kammerphilharmonie Bremen
A Deutsche Kammerphilharmonie Bremen é uma das principais orquestras do mundo. Onde quer que se apresente, cativa o público com seu estilo peculiar de fazer música. O regente estoniano Paavo Järvi é diretor artístico da orquestra desde 2004.
Um dos muitos destaques da colaboração do conjunto com Paavo Järvi foi seu Projeto Beethoven, no qual regente e orquestra centraram a atenção ao longo de seis anos. Suas interpretações do compositor foram aclamadas em todo o mundo por público e crítica como execuções de referência. Eles encantaram os ouvintes em Paris, Tóquio, Estrasburgo, Varsóvia, no Festival de Salzburgo e no Beethovenfest de Bonn com o ciclo completo das nove sinfonias de Beethoven. As obras foram gravadas pela RCA e entusiasticamente aclamadas em todo o mundo. O documentário do Projeto Beethoven para TV e DVD produzido pela Deutsche Welle e pela Unitel também foi aplaudido, recebendo numerosos prêmios.
Atualmente, a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen e Paavo Järvi estão focados nas obras sinfônicas de Robert Schumann com igual sucesso. Após triunfos sensacionais em Tóquio e São Petersburgo, em 2012 os ciclos Schumann também foram aclamados no Festival Beethoven de Varsóvia e no Konzerthaus de Viena. Um documentário para TV e DVD sobre o Projeto Schumann foi produzido pela Deutsche Welle em cooperação com a Unitel, Arte e Rádio Bremen.
Por muitos anos a orquestra manteve relações privilegiadas com solistas e regentes de renome internacional como Sabine Meyer, Viktoria Mullova, Heinz Holliger, Olli Mustonen, Hélène Grimaud, Martin Grubinger, Janine Jansen, Christian Tetzlaff, Hilary Hahn, Heinrich Schiff, Trevor Pinnock e Sir Roger Norrington.
Os membros da orquestra se devotam com afinco a seus projetos, em colaboração com a Bremen East Comprehensive School, onde as salas de ensaio do conjunto estão atualmente alugadas. A colaboração única daí resultante foi reconhecida, desde o início, por numerosos prêmios, incluindo o Zukunftsaward (Prêmio Futuro) de “Melhor Inovação Social”, em 2007, e o Prêmio Clássico ECHO, em 2012. Com esses projetos os músicos perseguem seu objetivo de encorajar o desenvolvimento individual através da música, principalmente — mas não exclusivamente — em ambientes educacionais pouco privilegiados. O Ministro de Estado da Cultura apontou o Future Lab da Deutsche Kammerphilharmonie Bremen como um projeto modelo.
Em 2008, a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen recebeu o prestigioso Prêmio Fundadores Alemães na categoria especial, por sua bem sucedida combinação de empreendedorismo e cultura. Em 2009, três dos CDs lançados pela orquestra conquistaram o Prêmio Clássico ECHO. Em 2010, a Deutsche Kammerphilharmonie Bremen foi honrada com o Certificado de Mérito Especial do Círculo Alemão de Críticos de Gravações por suas realizações editoriais de Bach a Ruzicka. No mesmo ano Paavo Järvi recebeu o Prêmio Clássico ECHO como Regente do Ano pelas gravações de Beethoven. A Deutsche Kammerphilharmonie Bremen é a Orquestra Residente do Beethovenfest de Bonn e dos Concertos Elbphilharmonie de Hamburgo.
Pekka Kuusisto, regência e violino
“Um violinista cujo raro dom é tornar-se, mais do que interpretar, a música que toca” (The Guardian), Pekka Kuusisto é internacionalmente reconhecido, como solista e regente, especialmente por seu enfoque renovador do repertório. Um advogado da nova música, Kuusisto trabalha regularmente com compositores como Nico Muhly e Thomas Adès. Ele tocou a estreia mundial do Concerto para Violino de Sebastian Fagerlund, tendo programada, ainda para 2015, a gravação da obra para o selo BIS, com a Orquestra Sinfônica da Rádio Finlandesa e Hannu Lintu.
A temporada 2014/15 incluiu estreias com a Orquestra Sinfônica de Seattle, a Sinfônica Escocesa da BBC, a Sinfônica MDR de Leipzig e a Sinfônica da Galícia. Dirigirá também uma turnê da Deutsche Kammerphilharmonie Bremen pela América do Sul. Seus compromissos orquestrais recentes incluem Cincinnati, Singapura, Birmingham, a Rádio Finlandesa e a Sinfônica de Toronto, além das Orquestras Philharmonia, da Rádio de Estocolmo, Filarmônica de Oslo, da Orquestra de Câmara da Europa e da Orquestra Sinfônica Nacional de Washington.
Na atual temporada, seu amplo leque de colaborações inclui parcerias com os bailarinos Kaari Martin (flamenco) e Minna Tervanäki (balé), além do pianista Heini Kärkkäinen para uma interpretação coreográfica do Concerto para Violino de Sibelius a ser apresentada nos Musikfestspiele de Dresden. Kuusisto também desenvolve um projeto com a Orquestra de Câmara Sueca e Thomas Dausgaard para o 150º aniversário de nascimento de Sibelius, com a apresentação das obras do compositor, ao lado de canções tradicionais e poemas da Suíte Karelia.
Kuusisto dirige regularmente conjuntos a partir do seu violino, inclusive as Orquestras de Câmara Mahler, Saint Paul, Australiana e Irlandesa. Na música de câmara, seus parceiros recentes incluem Iiro Rantala, Anne Sofie von Otter, Kimmo Pohjonen, Nicolas Altstaedt e o grupo de música tradicional de Kuusisto, The Luomu Players. Ele também é membro do Quartet-Lab com Patricia Kopatchinskaja, Lilli Maijala e Pieter Wispelwey.
Pekka Kuusisto é diretor artístico do “Nosso Festival”, baseado na cidade natal de Sibelius, Hämeenlinna. Apontado como Festival do Ano pelos Festivais da Finlândia em 2011, foi posteriormente agraciado com o Prêmio de Música da Finlândia por sua programação inovadora. Na atual temporada, ele apresenta dois projetos originalmente desenvolvidos no “Nosso Festival” em sua primeira participação no The Schubert Club de Minnesota. Participou de várias residências prestigiosas, inclusive no Festival de Aldeburgh, e no Robeco Zomerconcerten do Concertgebouw de Amsterdam. Anteriormente, já fora “Junge Wilde” no Konzerthaus de Dortmund.
Seu CD mais recente para o selo Ondine traz o Concerto para Violino de Lindberg com a Tapiola Sinfonietta (da qual foi Artista Parceiro entre 2006 e 2013). Para a mesma gravadora registrou as obras completas de Rautavaara para violino e piano com Paavali Jumppanen e obras de Paganini com o guitarrista Ismo Eskalinen. Outros discos incluem Subterraneo, com obras de tango finlandês ao lado de Iiro Rantala (Liverace), um álbum escrito e tocado com a cantora finlandesa Paula Vesala, sobre a experiência das mulheres finlandesas no front, durante a 2ª Guerra Mundial (KHY Suomen Musiikki). Em 2013, Pekka Kuusisto recebeu o Prêmio de Música do Conselho Nórdico, com os membros do júri descrevendo-o como “um violinista na elite absoluta”. Kuusisto toca um violino Giovanni Baptista Guadagnini de 1752, gentilmente cedido pela Fundação Cultural Finlandesa.
Programa
WOLFGANG AMADEUS MOZART
Così fan tutte – abertura
Concerto para violino e orquestra Nº 5 em Lá maior, K. 219
Allegro aperto
Adagio
Rondeau: Tempo di Menuetto
Solista: Pekka Kuusisto
INTERVALO
LUDWIG VAN BEETHOVEN
Sinfonia Nº 1 em Dó maior, op. 21
Adagio molto – Allegro con brio
Andante cantabile con moto
Menuetto: Allegro molto e vivace
Adagio – Allegro molto e vivace
