Música é um dos aspectos que nos ajuda a entender culturas e como as pessoas interagem. Mas, para além de entender o funcionamento das sociedades, música é paixão para muita gente, que vê nessa manifestação, um dos caminhos para o bem-estar e a felicidade. E quando se trata de shows, o assunto fica sério.
Para os entusiastas dos festivais, aqueles que não perdem um show por nada, isso não é novidade. Para quem vê de fora e não entende a empolgação, a ciência tem a resposta. Pesquisadores da Victoria’s Deakin University, na Austrália, concluíram o que nós, apaixonados pelos shows, sempre soubemos: aqueles que batem ponto regularmente nesses eventos, sentem-se mais satisfeitos com suas vidas de uma maneira geral, em relação aos que não se interessam pela música ao vivo.
Outro ponto destacado pela pesquisa (que você pode conferir aqui, em inglês) é a importância de compartilhar a experiência musical. Do universo de 1000 entrevistados, aqueles que apreciam música para além de ouvir no fone, reforçam a importância do coletivo, seja nos shows ou apenas quando se vai à balada para dançar.
Vale lembrar que não necessariamente um entusiasta dos shows é um expert em música, no sentido de colecionar álbuns ou ser fã de um artista ou gênero específico, e outra pesquisa esclareceu esse ponto. O estudo feito pela YouGov, analisou dados de vendas de vinis em 2016 no Reino Unido, e concluiu que dentre os aficionados por colecionar as bolachas, boa parte apresenta personalidade introvertida, preferindo passar mais tempo sozinho, além de não apreciarem uma conversa sobre expor os sentimentos, o que evidencia ainda o papel da música como forma de suporte emocional. Pesquisas à parte, no fim das contas, a ciência apenas confirmou o que já sabemos faz tempo: música importa, seja em um festival descolado ou no toca-discos em casa.
Por Tatiana Vargas, da ZIMEL
Fotografia: Festival Lollapalooza 2016 por Lucas Tavares