O Social Breakdown acaba de lançar em todas as plataformas de streaming pelo selo Electric Funeral Records, o EP intitulado “Just My Lazy Way To Be”.
A banda foi formada no começo de 2016 com o intuito de fazer rock autoral, e navegando pelas influências de cada um de seus integrantes, o que acabou resultando num punk rock/skate punk com algumas pitadas de rock alternativo.
A formação atual da banda conta com Tom no vocal e baixo, Danilo Bizarro e Thiago Santo nas guitarras e Leandro Cardozo na batera.
Em 2017 foi gravada a primeira demo, intitulada de “Nothing Changes If You Don’t Even Try”, no estúdio Sotão, em Pirituba em SP. Esse trabalho rendeu um tour com 32 shows, por diversas casas e eventos em São Paulo, no ABC Paulista e na Baixada Santista. O Segundo registro da banda, o EP “Just My Lazy Way To Be”, é um trabalho mais maduro e consistente. O Processo de um ano, entre pré produção, gravação, o resultam em quatro músicas com muita energia e melodias e agressividade. O disco foi gravado na Porto Produções Musicais em São Paulo, e a mix/master ficou por conta do Raul Zanardo.
Conversamos com a banda sobre influências musicais, processo de composição e gravação, entre outras curiosidades. Confira a entrevista!
De onde surgiu esse nome “Social Breakdown”? O que levou a banda a esse nome?
Estávamos ensaiando fazia já quase um ano e a banda ainda não tinha nome e isso começou a causar um certo incômodo em nós. Pensamos em alguns nomes, para ser sincero estávamos buscando algo que soasse bem e que fosse fácil de ser entendido, acredito que falhamos nesse último quesito.
O Bizarro um dia num ensaio, chegou com o nome Social Breakdown, tirado de uma doença mental que se assemelha ao que conhecemos como Crise de Ansiedade, o nome da doença é Social Breakdown Syndrome. Achamos que era legal e combinava conosco e com o som que fazemos, ai ficou Social Breakdown.
Como se deu o surgimento da banda?
A banda surgiu em meados de 2016, quando eu e o Danilo Bizarro retomamos contato em SP e decidimos voltar a tocar juntos, porque já tínhamos tocado juntos de 2007 até 2009 numa banda chamada The Mystery Box na baixada santista de onde nos conhecemos, e após um contato com o outro guitarrista Thiago Santo, com quem já tinham tido uma conversa de fazer um som e que era vizinho do Bizarro, e que conhecia um batera, o Leandro Cardozo pois já haviam tocados juntos, juntamos os trapos e decidimos compor uns sons e tirar umas músicas a primeira vista pra nos divertir. Nessa primeira formação ainda havia o cunhado do Bizarro, Rafael Retek, no baixo e por incompatibilidade de horários só fomos começar a ensaiar mesmo e compor em 2017.
A banda relançou recentemente um EP via Electric Funeral Records. Como foi o processo de composição e gravação desse material?
As composições surgiram de maneira bastante natural, após termos lançado nossa primeira demo sentimos uma forte vontade de gravar novo material de maneira mais sólida. Praticamente cada um trouxe uma ideia de música e decidimos aproveitar uma ideia de cada e ir produzindo em cima. Chegamos a fazer uma pré-produção na Porto Produções juntamente com o Anis Costa que na época era o proprietário do estúdio, e em meio a algumas turbulências como troca de baixista na formação da banda, troca de gerência do próprio estúdio, conseguimos gravar meio que aos trancos e barrancos, onde o Matheus Krempel da banda Bombers, proprietário atual da Porto e Raul Zanardo da banda Dum Brothers, captaram, mixaram e masterizaram o EP e nos deram suporte na finalização das músicas.
O disco lançado foi muito bem recebido tanto no Brasil quanto em sites de música especializada fora do país. Como a banda está vendo esse feedback tão positivo do material lançado?
Nós compomos e tocamos o que acreditamos e o que nos cativa, e poder perceber que mais pessoas se cativam com as músicas e reconhecem nosso trabalho e caminhada, só nos dão orgulho e um combustível a mais para continuar produzindo músicas que acreditamos ser nossa voz, e quanto mais conseguirmos chegar na mente e no coração das pessoas, mais vamos ser gratos.
Suas Músicas demonstram intensidade e entrega por parte da banda. Existe alguma composição que seja mais especial para vocês?
Falando de minha parte, como vocalista e compositor, a música que eu mais me identifico de tocar talvez seja Another Lie, por ser uma letra muito pessoal que eu escrevi de coisas que me aconteceram e de ações de pessoas para comigo, então por ser uma composição muito pessoal eu tendo a ter um carinho especial por ela. E acho que por parte de tocar ao vivo, talvez Emergency, que é uma das mais porradas do repertório e que já teve gente pedindo em apresentações nossas mas que sempre deixamos ela pra fechar com chave de ouro o set pela maneira caótica com que ela finaliza.
Quais as bandas e fontes artísticas que inspiram o som da banda?
Os membros da banda tem influências muito distintas e sempre quando vamos compor um som, cada um traz pra dentro da banda sua influência pessoal que vai desde o classic rock, passando pelo grunge, passando até pelo metal e é claro até cair no punk hardcore. Entre algumas bandas que posso destacar como influência do nosso som a primeira que me vem à cabeça são nossos conterrâneos da baixada, o Garage Fuzz, em seguida algumas gringas como Fu Manchu, Seaweed, Descendents, NOFX e por aí vai. Note que todas as bandas citadas, nenhuma segue um estilo só em suas composições, sempre deixam o feeling falar mais alto na hora de compor que é uma coisa que a gente leva muito em consideração também. Se o riff, soar como metal e se encaixar na proposta da banda? Num tem problema, coloca. Se soar mais punk agressivo do que geralmente fazemos? Num tem problema também, coloca no caldeirão que no final a gente faz a magia.
Como que vocês estão lidando com a pandemia de covid 19? Que tipo de interação a banda está tendo com o público nesse momento de quarentena?
Estamos meio reclusos neste momento, respeitando as normas de segurança, e a interação está sendo total pelas redes sociais. Esta pandemia meio que jogou água no nosso chopp, pois tínhamos planos de tentar gravar algumas músicas esse ano para lançarmos no futuro outro EP. Já tínhamos algumas composições prontas, algumas para serem lapidadas e trabalhadas e com a chegada deste vírus maldito meio que jogou tudo pra escanteio, planos também para conhecer novos lugares para tocar e voltar para alguns que nos deixou saudades, mas agora não tem outra maneira senão esperar sair a vacina para que possamos superar dessa fase tenebrosa que a humanidade vem passando e alcançar dias melhores. Enquanto isso continuamos compondo cada vez mais e estamos com um volume de musicas maior do que qualquer fase da banda, então essa reclusão toda no fim nos fez ficarmos mais produtivos com relação a composições e seguir em frente do jeito que dá no momento que é produzido.
Quais os planos para 2020?
Compor, produzir e divulgar o nosso último EP que saiu pela Eletric Funeral Records, estamos nos dedicando a isso, no momento é a forma que achamos para continuarmos sendo produtivos.
Já estávamos trabalhando em um novo material, agora estamos engrossando o caldo, com mais músicas e novas idéias, estamos muito empolgados com o que estamos fazendo, acho que isso que está nos ajudando a enfrentar esse tempo sem shows.
Confira “Just My Lazy Way To Be”: https://bit.ly/2ZHl97X