Desde do lançamento de seu álbum “1989”, Taylor Swift tem mostrado o seu poder de influência na indústria musical. Uns entendem isso como mercenária, outros apenas como uma jogada de marketing. Mas vai muito além disso. Nos últimos anos, a mídia criou polêmicas em relação a cantora não deixar suas músicas no Spotify, além de transmissões de shows e também qualquer filmagem de fã que estivesse na internet, sem a sua autorização. Entretanto, há um outro lado da história.
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Swift sofreu uma onda de hate entre 2015 e 2016 na internet, por diversos acontecimentos. Um dos motivos, é que a cantora não teria seus álbuns no Spotify. A ação desencorajou os fãs de Swift de utilizarem o serviço e sim comprarem o disco físico em lojas varejistas. O resultado, é que o disco vendeu mais de 10 milhões de cópias mundialmente. “[…] pirataria, compartilhamento de arquivos e streaming haviam encolhido drasticamente os números de álbuns pagos… Música é arte, e arte é importante e rara. Coisas raras e importantes são valiosas. Coisas valiosas devem ser pagas. É minha opinião que a música não deve ser gratuita.“
Resumindo, Swift achava que sua arte – e de muitos outros artistas – não eram paga de forma justa nas plataformas. A mídia e a internet viu como uma boa oportunidade de critica a cantora, quando na verdade, Taylor estava defendendo seu trabalho. Além do Spotify, aconteceu o mesmo com a Apple Music, entretanto, em seguida a empresa anunciou que pagaria aos artistas durante o período gratuito de teste.
Apesar do público chamar Taylor de mercenária, a sua ação gerou impacto para artistas independentes. Até então, os pagamentos por cada reprodução eram baixos e até cantores que não são tão grandes que possui contrato com gravadora, não recebiam quase nada pela sua arte. Podemos dizer que o streaming facilitou a vida de todos nós, porém, é um pouco diferente para os artistas. Além do fácil acesso as músicas e aos lançamentos, os novatos tem seus trabalhos esquecidos rapidamente e sempre precisam lançar algo novo. Já os grandes que possuem seu nome consolidado, também não podem demorar muito tempo para divulgar projetos novos. Apesar de muita gente ver isso como um forma de ganhar dinheiro, Taylor beneficiou os artistas independentes, fazendo com que eles ganhem mais por seus trabalhos.
Mesmo Swift tendo movimentado a indústria de álbuns físicos com seus lançamentos, a venda de discos puro está prestes a acabar. A cantora impulsona a venda com suas versões especiais, incluindo revistas ou polaroids, chegando a vender 600 mil cópias em um único dia. Varejistas como Target, Walmart e Bestbuy até o fim do ano não terão um espaço para vendas de discos físicos. O iTunes também encerrará suas atividades no fim deste ano, dando espaço apenas para o Apple Music.
Desde 2017, seu catálogo está disponível em todas as plataformas digitais e no mesmo ano, quando voltou com o álbum “reputation”, transformou tudo aquilo que usavam para atacar ela em dinheiro.
A guerra com o streaming acaba, mas Taylor está prestes a mudar o jogo novamente. No fim do ano passado, ela anunciou seu novo contrato com a Universal Music Group e a Republic Records. Entretanto, no seu contrato foi necessário que prometessem a Taylor que entregariam, em uma base não recuperável, uma parte de qualquer dos lucros inesperados de suas ações Spotify no futuro de todos os seus devidos artistas.
Universal, Sony e Warner Music são as três maiores gravadoras no mundo e entraram para o Spotify há alguns anos, e todas prometeram em algum momento que os artistas se beneficiariam se as gravadoras vendessem suas participações na empresa de streaming de música.
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A Universal Music Group, anunciou em março, antes da estreia do Spotify como uma empresa pública na Bolsa de Valores de Nova York, que os artistas “compartilharão os lucros” de uma possível venda de ações. Mas de acordo com fontes, o novo acordo de Taylor Swift especifica que a hipotética venda de ações resultará em pagamentos para os artistas da Universal, independentemente do status da conta, o que significa que eles receberão dinheiro mesmo que estejam no vermelho da empresa por adiantamentos não recuperados, o que irá além de apenas “compartilhar lucros”.
Entretanto, a Warner ignorou os seus artistas. Ou seja, grande parte do dinheiro que a gravadora pagou acabou voltando para a gravadora, e nada para os artistas. Segundo a Rolling Stone, a parceria de Taylor com o CEO da UMG, quanto o pagamentos de artistas – especificamente, seu interesse em oferecer ações Spotify aos artistas sem reter qualquer dinheiro devido – foi fundamental na decisão da cantora de assinar um contrato. Não pensando em si mesmo e sim em todos os artistas.
Além de influenciar o mundo da música e da moda, Taylor é uma grande influência para todos. Durante as eleições, a cantora postou no Instagram, para que as pessoas votassem e se pronunciou politicamente defendendo a comunidade LGBT e outros. Anteriormente, a muitos questionavam se a artista faria parte do movimento da extrema direita americana. Segundo a Billboard, o post onde a cantora declara apoio aos candidatos democratas Phil Bredesen e Jim Cooper, que concorrem no Tennessee, pode ter sido responsável por um expressivo crescimento no número de jovens entre 18 e 29 anos que se registraram para votar. Os dados são da organização Vote.org, que informou que 102 mil de um total de 240 mil registros foram feitos nas 48 horas que seguiram a postagem de Swift.
Após esses acontecimentos, é notável em o quanto Taylor Swift é influente. Mesmo sendo uma grande artista, tem pensando também nos que estão começando. Parece que temos muito o que agradecer a ela e o que tem feito por artistas independentes, não é mesmo?!
A cantora também se prepara para o comeback amanhã. Tem como a gente ficar mais feliz por ela?
Por Conexão Pop