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Theatro Municipal do Rio de Janeiro apresenta grandiosa montagem de La Bayadère


Depois de se despedir dos grandes ballets de repertório, a primeira bailarina Ana Botafogo estreia como ensaiadora

Considerado o pai do ballet clássico, o coreógrafo Marius Petipa assinou em 1877 La Bayadère, um dos maiores ballets de repertório, com música de Ludwig Minkus. A Fundação Teatro Municipal, vinculadaàSecretaria de Estado de Cultura (SEC), apresenta nova montagem desta obracom coreografia do argentino-chileno Luis Ortigoza– com base na criação original de Petipa –a partir de 1º de junho, dando prosseguimento à programação artística sob a responsabilidade do Maestro Isaac Karabtchevsky. Nos papéis principais deste ballet que terá 14 récitas até 6 de julho, se revezam Márcia JaquelineRenata Tubarão, Cícero GomesFilipe Moreira Moacir Emanoel, do Ballet do Theatro Municipal, sob a direção artística de Sérgio Lobato. Os maestros Javier Logioia Orbe e Tobias Volkmann dividem a regência daOSTM ao longo da temporada de La Bayadère, apresentado no palco do Theatro pela última vez no ano 2000. Depois de se despedir, em 2012, dos grandes ballets de repertório, aprimeira bailarinaAna Botafogo estreia como ensaiadora para transmitir sua excelência técnica e experiência aos intérpretes dos personagens centrais deste espetáculo. Os cenários e figurinos, que vieram do Teatro Municipal de Santiago do Chile, foram elaborados por Pablo Núñez.

Preparamos uma bela temporada para esta obra fundamental do ballet clássico,que nos conduz a um exótico passeio pela Índia e conta a história deum amor impossível entre uma dançarina deum templo hindu e um nobre guerreiro. É um espetáculo poético sobre as fragilidades humanas com uma linda música de Minkus, destaca Carla Camurati, Presidente da Fundação TMRJ.

Dividido em dois atos e cinco cenas, com libreto de Marius Petipa e Sergei KhudekovLa Bayadère teve estreia mundial no Teatro Bolshoi Kamenny de São Petersburgo, na Rússia.A história de amor eterno, mistério, destino, vingança e justiça é ambientada na Índia Real do passado e relata o drama de uma bailarina do templo – Nikiya, que está apaixonada pelo guerreiro Solor e é por ele correspondida. Nikiya também é amada pelo Grande Brâhmane, Sacerdote do Templo, mas ela não o ama como a Solor.Os jovens apaixonados planejam fugir juntos e juram fidelidade diante do fogo sagrado. No entanto Solor esquece seu juramento quando o Rajá, satisfeito com o presente que recebeu de Solor, lhe oferece a mão de sua filha Gamzatti em casamento.Considerado uma das obras-primas coreográficas de Petipa, o balletLa Bayadèreintegra o repertório de importantes companhias, sendo muitas vezes encenado somente o Ato do ‘Reino das Sombras’.

Produção típica do fim do século XIX, La Bayadère foi concebido com um exótico e exuberante cenário de época, figurinos suntuosos e roteiro melodramático. Tudo era um pretexto ideal para danças dramáticas e cenas de mímica. Desde 1860 até meados dos anos 1880, Petipa compôs o ballet romântico dotando-o de um melodrama envolvendo o amor entre três personagens, onde mulheres sobrenaturais encarnavam o ideal feminino da época. A versão original tinha três atos e uma apoteose final que mostrava a Índia com os conflitos clássicos do ballet romântico que misturam amor, ciúme, intriga, assassinato e vingança.

Embora seja considerado um clássico na Rússia, La Bayadère – ou o amor frustrado do guerreiro Solor e da dançarina Nikiya – permaneceu desconhecido no Ocidente durante quase todo o século XX, por conta da deterioração das relações políticas e culturais entre seus países e a União Soviética. O público parisiense e londrino conheceu apenas um trecho (o Ato do ‘Reino das Sombras’) em 1961, durante a turnê ao ocidente do Ballet Kirov. A primeira produção desta cena no ocidente foi montada no Brasil por Eugenia Feodorova no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Estreou em 1961 com BerthaRosanova como Nikiya eAldo Lotufo como Solor, sendo remontada mais tarde em 1990. A coreografia de ‘Reino das Sombras’ de Makarova foi apresentada no Theatro Municipal em 1986 e a versão completa foi montada no ano de 2000 e dirigida especialmente para o BTM.

Diretor do Ballet do Theatro Municipal, Sergio Lobato comenta: “La Bayadère é um marco na história do Ballet. Desde sua estreia em 1877, firmou-se como um forte desafio artístico e técnico para as grandes companhias de dança. O imaginário místico do oriente, o estilo romântico e a exigência clássica acadêmica, fazem deste espetáculo o mais difícil dos mais ilustres clássicos de repertório”.

Sucesso desde sua estreia, no ano passado, o projeto Falando de Ballet terá mais uma edição nesta temporada. Serão palestras gratuitas com uma hora de duração sobre o espetáculo a ser apresentado, com início uma hora e meia antes do começo da sessão, no Salão Assyrio. O palestrante será Paulo Melgaço, professor da Escola Estadual de Dança, Artes e Técnicas do Theatro Municipal Maria Olenewa, que falará sobre as coreografias, abordando também detalhes desta montagem.

Sinopse

I Ato

Cena I

Diante do Templo, ante o Fogo Sagrado.

O líder dos faquires, Magdayeva, vigia o Fogo Sagrado do Templo esperando que se inicie o Ritual. Os guerreiros se preparam para a grande caça. Chega Solor e pede que o deixem a sós para orar ante o Fogo Sagrado do Templo. Uma vez que os guerreiros partem, Solor pede a Magdayeva que arranje um encontro com Nikiya, a bela dançarina do templo.O Grande Brâhmane, os sacerdotes e as dançarinas chegam para começar o Ritual do Fogo Sagrado. Entre eles encontra-se Nikiya, eleita para alcançar o posto de Grande Dançarina.  O Grande Brâhmane, fascinado por ela, declara- lhe seu amor, mas Nikiya rechaça-o, enfrenta-o e diz que ele é homem de Deus. Uma vez finalizado o Ritual e antes de entrar no Templo, Magdayeva conta a Nikiya sobre os desejos de Solor de estar com ela.  O Grande Brâhmane, percebendo o diálogo, começa com suas suspeitas.Solor e Nikiya encontram-se e manifestam seu amor. Solor jura amor eterno ante o Fogo Sagrado. O Grande Brâhmane os espreita e, furioso em sua ambição, invoca os Deuses do Templo para aniquilar Solor.

Cena II

No Palácio do Rajá

Os guerreiros são convidados ao palácio para homenagear Solor. O Rajá anuncia que, em recompensa por seu valor de Nobre Guerreiro, lhe entregará a mão de sua filha, a Princesa Gamzatti. Perturbado com a situação, Solor aceita, sabendo que não poderia recusar. O Grande Brâhmane se apresenta, pede para ficar a sós com o Rajá e conta-lhe as intenções de Solor e Nikiya. O Rajá decide, então, destruir Nikiya. Ao escutar o diálogo, Gamzatti manda chamar Nikiya para persuadi-la a deixar Solor.  Nikiya não aceita tal situação e diz que irá até as últimas consequências. Gamzatti jura vingar-se.

Cena III

Compromisso de Gamzatti e Solor

Em um grande desfile, os convidados chegam para a cerimônia. Logo que o Rajá, sua filha Gamzatti e Solor se apresentam, iniciam-se as celebrações. Finalmente, entra o Grande Brâhmane, que resolve trazer Nikiya para que ela dance nos festejos.Ao ver Gamzatti e Solor juntos, Nikiya se sente morrer em vida e decide ir embora. Neste instante, porém, o Rajá ordena que lhe ofereçam uma cesta com flores, como se fosse Solor que a tivesse enviado. Nikiya, com a esperança de recobrar o amor de Solor, aceita o presente e decide dançar para eles. No meio da dança, ao aspirar o perfume das flores, é mordida por uma serpente. Nikiya então se dá conta de que foi tudo combinado por Gamzatti e seu pai. Impactado pela situação, Solor vê seu verdadeiro amor desvanecer-se. O Grande Brâhmane, observando o que se sucede, oferece a Nikiya um antídoto para salvá-la. No entanto, ao avistar Solor junto a Gamzatti, ela prefere morrer.

II Ato

Cena IV

Tenda de Solor

Desesperado pela morte de Nikiya, Solor se abandona aos delírios do ópio que lhe prepara Magdayeva, para acalmar sua dor. Em sua alucinação, vislumbra Nikiya no Reino das Sombras, com sua imagem multiplicada pelos espectros das dançarinas. Ao despertar, Solor se dá conta de que foi tudo um sonho e que agora deverá casar-se com Gamzatti.

Cena V

No Templo

O Grande Brâhmane e os sacerdotes preparam o ritual do casamento de Gamzatti e Solor e invocam o Ídolo de Ouro. Os noivos fazem sua entrada e o Grande Brâhmane começa a cerimônia. Durante o ritual, Solor é perturbado pela visão de Nikiya, que lhe recorda seu juramento de amor eterno junto ao Fogo Sagrado do Templo. Como parte do ritual, entregam flores a Gamzzatti, e ela as recusa, recordando o que fez com Nikiya.  Solor percebe que quem planejou a morte de sua amada foi Gamzatti com a ajuda de seu pai e, desesperado, tenta seguir Nikiya. O Rajá e Gamzatti, sem entender o comportamento estranho de Solor, decidem apressar as bodas. Solor, resignado, enfrenta a situação, mas não pode esquecer seu verdadeiro amor. Quando o Grande Brâhmane pronuncia os ritos sagrados, os Deuses se enfurecem, destroem o Templo e todos morrem.  As almas de Nikiya e Solor finalmente se unem no Reino das Sombras.

Biografias

Marius Petipa, Coreógrafo

Marius Petipa foi um dos maiores coreógrafos clássicos do século XIX. Nascido em Marselha, na França, em 1818, estudou ballet com o pai, Jean Petipa, bailarino e coreógrafo. Apresentava-se nos principais centros europeus, com grande sucesso, coreografias suas ou dos clássicos da época, quando foi para São Petersburgo, na Rússia, convidado como Bailarino Principal do Ballet Imperial, lá permanecendo até sua morte, em 1910. Petipa chegou à Rússia em 1847, após o diretor do Teatro Maryinsky lhe ter oferecido a posição de Primeiro Bailarino e um salário de 10.000 francos por ano, e permaneceu ali pelo resto da vida. Trabalhou em princípio sob a supervisão de Jules Perrot por 15 anos, assumindo após, a função demaître de ballet. Petipa revestiu a arte, que havia estagnado nas demonstrações virtuosas da técnica clássica, apresentada sem um conteúdo dramático. Sob sua direção artística, a Rússia se transformou no país-líder do ballet. Ele coreografou aproximadamente 60 peças, introduziu o conceito de ballet de longa-metragem e construiu o repertório da companhia russa. Como coreógrafo, Petipa deu muito de sua atenção às passagens de solistas, marcando cada passo para suavizar as capacidades de seus bailarinos e conscientemente esculpindo os bailarinos à forma estrutural da música. Trabalhando com colaboradores de primeira classe como Tchaikovsky, Petipa coreografou obras-primas que são executadas até hoje. Seu senso teatral o levou a dar efeitos de palco que eram convincentes. Ele acreditava em dançar pelo amor da dança. Como instrutor da Escola Imperial, Petipa aumentou os estandartes para a técnica da dança e coreografias na Rússia a novas alturas. Ele atingiu o grau de coreógrafo em 1890. Sua produção de A Bela Adormecida atingiu um sucesso estrondoso, seguida de grandes trabalhos como Don Quixote, La Bayadère e Zoraya. Também vieram CinderellaO Lago dos Cisnes,Raymonda e Harlequinade, entre outros. Sob seu comando, o Ballet Maryinsky (atual Ballet Kirov) tornou-se a mais extraordinária e a mais perfeita companhia do mundo, tendo preservado a grande tradição do ballet, quando praticamente, havia morrido como arte para o resto do mundo.

Ludwig Minkus, Compositor

O austríaco Ludwig Minkus nasceu em Viena, em 1826. Violinista de formação, estreou como compositor em Paris, em 1846, com Paquita, obra em que divide a autoria com o francês Edouard Delvedez. Em 1853, Minkus mudou-se para a Rússia, assumindo o cargo de Maestro da Orquestra do Príncipe N. B. Yussupov de São Petersburgo. Foi solista na Orquestra Bolshoi de Moscou e professor do Conservatório de Moscou. Fez sua carreira na Rússia ligada, principalmente, ao ballet.  Nomeado inspetor musical dos Teatros Imperiais de São Petersburgo em 1861, tornou-se compositor oficial do Ballet Bolshoi e, em seguida, do Teatro Maryinsky, também em São Petersburgo. Ali trabalhou até 1891, quando sua posição foi extinta e viu-se forçado a se aposentar. Descontente com sua pequena pensão (o equivalente a $285.00 por ano), Minkus deixou a Rússia pela Áustria, vindo a falecer em 1917, com 91 anos.Compositor de mais de 20 ballets, criou a música para Don Quixote (1869), de Marius Petipa, Camargo (1872), Papillon (1874), La Bayadère (1877), Roxannaou A Bela de Montenegro (1878), A Filha da Neve (1879), Noite e Dia (1883),As Pílulas Mágicas (1886) e Kalkabeiro (1891).  Atuou – em colaboração com Delibes, em 1866 – na composição da música para o ballet La Source, coreografia de Saint Leon. Ainda em colaboração com Saint-Leon, compôs, em Paris, mais dois ballets: Le Poisson d’Or e Le Lys. Minkusera um excelenteartesãono estilo demúsica para balletde sua época.Sua escrita musical é distingue-se por belas melodias e ritmos claros.

Luis Ortigoza, Coreógrafo

Argentino-chileno realizou seus estudos de Ballet com o Maestro Mario Galizzi e no Instituto Superior de Arte do Teatro Colón-Buenos Aires. Em 1988, ingressou no Teatro Argentino de La Plata. Nesse ano integra o Ballet de Santiago, tornando-se Primero Bailarino em 1990, após ganhar Medalha de Prata no IV Concurso Internacional de Ballet de Jackson, MississippiEUA. Apresentou-se em Galas e Festivais na Alemanha, Argentina, Bolívia, Brasil, China, Cuba, Estados Unidos, Espanha, Hungria, Itália, Japão, México, Paraguai, Rússia, Venezuela, atuando ao lado com primeiras figuras do ballet mundial. Com sua técnica precisa e versatilidade artística atuou num repertório de grandes coreógrafos como J. Cranko, MacMillan, Balanchine, J. Robbins, Nureyev, Béjart.  Trabalhou com importantes personalidades do Ballet mundial como M. Haydée, I. Nagy, Makarova, R. Hynd, Loipa Araujo, entre outros. Seu repertório inclui:Manon, Mayerling, La Bayadère, Carmen, Romeo e Julieta, Giselle, Don Quixote, O Lago dos Cisnes, A Bela adormecida, Cinderela, Tema e Variacões, Tchaikovsky Pas de Deux, Étude, Diana e Acteón, A Sagração da Primavera, Petruska, Gaité Parisienne, In the Night, Iniciais, Tanguero, solo criado para ele pela coreógrafa argentina Mora Godoy, Spaceman solo criado por Demis Volpi coreógrafo argentino do Ballet de Stuttgart. Nomeado duas vezes para o prestigioso Premio Benois de la Danse por sua interpretação de Drosselmayer e Príncipe de O Quebra-Nozes de R. Nureyev; Don José em Carmen de M. Haydée, sendo ovacionado em sua apresentação na Gala de Premiação no Teatro Bolshoi-Moscou. Entre suas distinções destacam-se: Premio da Crítica em 1992, 2012, 2013 (Chile), Premio APES (Asociación de Periodistas de Espectáculos) 1990, 1992, 1993, 1996, 1998, 1999, 2001, 2003, 2007 (Chile), Diploma da Fundação KONEX 1999, 2009 (Argentina), Premio CLARIN 2006 (Argentina), como melhor Figura em Ballet, Distinção da Embaixada da República Argentina no Chile 2007 por sua Trajetoria Artística, Medalha Elena Smirnova 2007 (Argentina), Konex de Platino 2009 (Argentina), como máximo expoente na disciplina Bailarino. Em 2007 estreia sua primeira produção coreográfica, La Bayadère. Em 2008 cria oPas de Deux Sylvia, para a Gala de celebração dos 150 anos do Teatro Municipal do Chile; e em 2010Paquita Gran pas Classique, para a Gala Bicentenário. Na Direção Artística de M. Haydée, é incorporado ao staff da Companhia; e na temporada 2007, M. Haydée o nomeia Primero Bailarino Estrela do Ballet de Santiago. Em 2014 o Honorable Congreso de la República de Chile lhe concede a “Ciudadanía por Gracia” por sua contribuição ao ballet e à cultura do país.

Pablo Aharonian, Coreólogo

Pablo Aharonian é Maître de Ballet, Ensaiador e CoreólogoNasceu em Montevidéu, Uruguai, de pais armênios. Estudou ballet clássico com Raul Severo e entrou para a Companhia do Teatro Sodre em Montevidéu, tornando-se Bailarino Principal.Em 1980, entrou para o Teatro alla Scala de Milão como solista e dançou como Bailarino Principal com a Companhia de Carla Fracci e com o Teatro Comunale de Bologna. Trabalhou comR. Nureyev, E. Bruhn, S. Beriosova, O. Lepechinskaia, M. Messerer, S.Douglas, entre outros. Em 1982 foi convidado por Ivan Nagy para integrar o Ballet de Santiago, tornando-se Bailarino Principal. Dançou todo o repertório da companhia e viajou pelo Chile, Nova York, Sevilla, Budapeste, Stuttgart, Buenos Aires, Montevidéu, Lima, São Paulo, Rio de Janeiro, México e China. Foi convidado pelo Stuttgart como guest principal para dançar Offenbach em Gaité Parisienne de Béjart. Em 1997 completou em Londres o curso de Ballet Master e Benesh Dance Notator da Royal Academy of Dance sendo convidado a dar aulas na Central Ballet School. De volta ao Chile, trabalhou como Assistente nas obras dos coreógrafos I.Nagy, J. Robbins, M.Haydée, Balanchine, MacMillan,R.Bustamante, P.Wright, J.Cranko, M.Béjart, G.Tetley, J.Carter, R.Hynd. Como Maître trabalhou com o San Francisco Ballet School (EUA) e Ballet National Sodre em Montevidéu. No Teatro Municipal de Santiago criou a coreografia para a Ópera Adriana Lecouvreur,dirigida por R. Scotto e A Dança dos Sete Véus, para Salomé. Remontou RaymondaPaquita e Divertimento (Rossini-Britten-Dollar) para a Escola National de Ballet do Uruguai e para a Escola do Teatro Municipal de Santiago, onde desempenha a função de professor de pas de deux, repertório e técnica especial. Em 2007 criou sua própria versão de A Bela Adormecida para o Ballet do Teatro Argentino de La Plata. Dançou o papel principal e fez a coreografia para The Soldier’s Tale de Stravinsky. Remontou A Morte do Cisne de Fokine para O Carnaval dos Animais. Márcia Haydée nomeou-o Remontador oficial de suas coreografias e produções entre elas: A Bela Adormecida, Carmen, O Lago dos Cisnes, Coppelius-O Mago, Pássaro de Fogo e Cinderella,trabalhando com as companhias: Royal Ballet of Flanders, Ballet de Santiago-Chile, Ballet do Teatro Argentino de La Plata, The Royal Swedish Ballet, West Australian Ballet-Perth. Em 2011 Pablo foi apontado como Acting Artistic Director do West Australian Ballet. Desde 2013 é Professor convidado anualmente da New Zealand School of Dance.

Albena Dobreva, Arranjos e Orquestração

É Mestre em Artes Musicas e pianista da Academia Estatal de Música e Dança da Bulgária, em Plovdiv. Foi professora de piano e acompanhante na Universidad Nacional de Cuyo e no Instituto de Formação Artística Augusto Muller de San Luis, Argentina. Sua carreira inclui concursos, recitais, acompanhamento de coros na Europa e, ainda, concertos como Diretora da Orquestra Sinfônica da Academia Estatal de Música e Dança da Bulgária. Em 1996, integrou-se ao Ballet de Santiago como pianista de repertório, além de realizar numerosos arranjos musicais e/ou novas versões de distintos ballets como O Corsário, Carmen, La Bayadère, Madame Butterfly, O Lago dos Cisnes, Paquita. Participa regularmente das apresentações da Orquestra Filarmônica de Santiago e também junto às Orquestras Sinfônica de Chile e Clássica da Universidade de Santiago. Desde 2004, é professora do Conservatório de Música da Universidad Mayor, Chile. Em janeiro de 2011, atuou como assistente musical na ópera O Rapto do Serralho, a primeira produção lírica do Teatro del Lago.

Pablo Núñez, Cenários e Figurinos

Chileno, Pablo estudou Desenho Teatral na Universidade do Chile e é considerado um dos desenhistas mais importantes de seu país. Desde 1983 tem criado a cenografia e o figurino para numerosas óperas, ballets, obras de teatro e telenovelas. Entre seus desenhos para o Teatro Municipal de Santiago destacam-se os realizados para ballets como La Sylphide, O Lago dos Cisnes, Giselle, O Quebra-Nozes –que lhe valeu o premio APES –, 30&Tr3s horas bar, Coppélius, o mago, La Bayadère e Mayerling e óperas como Mefistófeles, Don Giovanni, O Barbeiro de Sevilla, Macbeth, Werther, I Pagliacci, Romeu e Julieta, Os Capuletos e os Montecchio e Norma, entre outras. Assinou ainda a direção cênica das montagens deFausto, Tosca, Carmen e Thaïs.

Javier Logioia Orbe, Regência

Flautista, violoncelista e regenteargentino, foi aluno de Pedro IgnacioCalderón e de Guillermo Scarabino.Formou-se no Conservatório Nacional deMúsica, Instituto Superior de Artes do TeatroColón de Buenos Aires, Academia de JovensRegentes (Washington, USA) e Academia deMúsica de Viena.Em 25 anos de carreira, foi regente titular das OrquestrasSinfônicas de Mendoza, Córdoba e Rosário, da OrquestraFilarmônica de Buenos Aires, Orquestra Estável do TeatroArgentino de La Plata, Orquestra Sinfônica da Universidade

de Concepción (Chile) e da Orquestra Filarmônica deMontevidéu (Uruguai), onde realizou pela primeira vez ociclo completo das sinfonias de G. Mahler, por ocasião docentenário de morte do compositor austríaco.É regularmente convidado como regente da Orquestra doTheatro Municipal do Rio de Janeiro. Foi assistente deYehudi Menuhin, Zubin Mehta, Jean Fournet e ValeryGergiev, entre outros. Acompanhou a Orquestra Filarmônicade Buenos Aires em três turnês europeias pelaFrança, Holanda, Suíça, Bélgica, Alemanha, Áustria,Inglaterra, Espanha e Grécia.Na música sinfônica, seu repertório inclui os ciclos de sinfoniasde Beethoven, Schubert, Schumann, Mendelssohn,Brahms, Rachmaninoff, Guy Ropartz, Sibelius, Bruckner,Tchaikowsky, Prokofiev e Mahler. No campo do ballet,dirigiu companhias como o Ballet do Teatro Colón deBuenos Aires, Ballet do Teatro Argentino de La Plata,Companhia Cisne Negro, Ballet do Theatro Municipal doRio de Janeiro, Ballet de Montecarlo, Ballet de Lyon, Balletdo Teatro Nacional de Varsóvia, Ballet do Teatro Bolshoi

de Moscou, Ballet do Teatro Marinsky de São Petersburgo,entre inúmeras outras. No repertório lírico, esteve à frentede óperas como Tosca, Stiffelio, Roméo et Juliette,Madama Butterfly, La Bohème, Il Trittico, Don Pasquale,L’occasione fa il ladro, Nabucco, Attila, The Consul, Belisario,Falstaff, Der Freischütz, MacBeth, Norma e Evgeny Oneguin.

Tobias Volkmann, Regência

Duplamente premiadono Concurso Internacionalde RegênciaJorma Panula 2012, TobiasVolkmann já desenvolve trajetóriainternacional consistente.Após receber o SegundoPrêmio e ser nomeado ‘A Escolha da Orquestra na Finlândia’,conquistou o público russo em 2013, como convidadodo Festival Musical Olympus de São Petersburgo. Emevento que reúne instrumentistas, cantores e regentespremiados nos principais concursos internacionais emconcertos com as grandes orquestras da cidade, estreou àfrente da Orquestra Sinfônica Estatal do Hermitage natradicional sala da Capela Estatal Acadêmica. Na ediçãode 2013 recebeu o prêmio ‘Favorito do Público’.Volkmann conduziu importantes orquestras em concerto,entre elas a Sinfônica do Porto / Casa da Música,Orquestra Sinfônica do Chile, Orquestra Lyatoshinsky deKiev, as Sinfônicas de Vaasa e de Jyväskylä (Finlândia),Orquestra Jovem da Armênia, Filarmônica de MinasGerais, Petrobras Sinfônica, Orquestra Sinfônica Nacional– UFF e as Sinfônicas de Porto Alegre e Campinas. Compromissosem 2014 incluem o retorno à Casa da Músicado Porto e ao Festival Musical Olympus, onde estreiajunto à prestigiosa Orquestra Sinfônica de São Petersburgo.Na América do Sul, Volkmann estreia na Argentina, comoconvidado da Orquestra Sinfônica da Universidade deCuyo de Mendoza.Desde 2012 atua como Maestro Assistente da OrquestraSinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Entre2009 e 2011, Volkmann foi assistente de Ronald Zollmanjunto às Orquestras da Universidade Carnegie Mellon dePittsburgh, onde concluiu Mestrado em Performance sob sua orientação. Estudou com importantes mestres emmasterclasses internacionais, destacando-se os MaestrosKurt Masur, Jorma Panula, Isaac Karabtchevsky, GuillermoScarabino e Fabio Mechetti.

Solistas

Márcia Jaqueline, Nikiya

Márcia Jaqueline é natural do Rio de Janeiro e é formadapela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa. Aos 14 anos de idade, entra para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, no qual vem se destacando como Primeira Bailarina nos ballets de repertório da Companhia tais como Coppélia, O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida, Les Sylphides, Raymonda, La Fille Mal Gardée, Onegin, Serenade, Voluntaries, Nuestros Valses, La Bayadère, Paquita, Giselle, Don Quixote, O Quebra-Nozes, L’ArlésienneCarmen de Roland Petit,  Romeu e Julieta de John Cranko e O Espectro da Rosa de Fokine. Márcia é Primeira Bailarina do Ballet do Theatro Municipal do Riodesde 2007, apresentando-se em todas as temporadas da Companhia, representando o BTM em Galas Nacionais e Internacionais, e com presença constante, como convidada, em companhias de dança de todo o Brasil.

Renata Tubarão, Nikiya

Natural do Rio de Janeiro, Renata Tubarão é formada pelo Centro de Arte e Cultura Ballet Dalal Achcar. Em 1999, entrou para o Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, em que vem se destacando em ballets de repertório como Grand Pas de Quatre de Pugni, Giselle (Pas-de-deuxCamponês), O Lago dos CisnesLa BayadèrePaquita (Pas-de-Trois), Les Sylphides (Valsa), Romeu e Julieta de Vasiliev, A Megera Domada e Onegin de John Cranko e os primeiros papéis em A Bela Adormecida,Coppélia, Romeu e Julieta, L’Arlésienne L’Après-Midi d’un Faune. Dançou ballets neoclássicos e contemporâneos, entre os quais Serenade de Balanchine, A Criação de Uwe Scholz, Voluntaries de Glen Tetley e L´Arlésienne de Roland Petit. Trabalhou com grandes nomes da dança como Natalia Makarova, Richard Cragun, Dalal Achcar, Eugenia Feodorova, Gustavo Mollajoli, Heinz Spöerli e Tatiana Leskova. Representou o Brasil na Gala de Quito no Equador. Integrou o OpernHaus Zürich, na Suíça,como Demi-Solista, na temporada 2007/2008.

Cícero Gomes, Solor

Formado na Escola Estadual de Danças Maria Olenewa, Rio de Janeiro, com passagens pela Escola de Dança da Ópera de Viena (Áustria) e Elmhurst School for Dance by Birminghan Royal Ballet (Inglaterra). Seu nome está na calçada da fama do Festival de Dança de Joinville, onde conquistou prêmio de melhor bailarino em 2005. Em sua trajetória atuou na Cia Jovem de Ballet do RJ e, desde 2007, integra o Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde estreou como solista em O Lago dos Cisnes, no papel de Bobo da Corte. Obteve sucesso de público e crítica nos papéis principais das temporadas, incluindo os ballets Coppélia, O Quebra-Nozes, Don Quixote, Romeu e Julieta, Onegin, além de obras como L’Arlesienne de Roland Petit e Le Spectre de la Rose de Fokine. Convidado especial para aberturas e encerramentos de Festivais de Dança no Brasil e América Latina, trabalhou com nomes de peso como Sérgio Lobato, D. Kelly, Peter Wright, Marco Pierin, Luiggi Bonino, Jean P. Halnaut, Cyril Atanassof, Márcia Haydée, Gisele Santoro, David Parsons, Maurício Wainrot, Tatiana Leskova, Noêmia Edelman, Dennis Gray, André Valadão, Dalal Achcar, Mariza Estrela, Maria Luisa Noronha, Renato Vieira, Tíndaro Silvano, Ivonice Satie, Luiz Arrieta, Boris Storjokov, Eric Frederic, Vasili Sulich e Richard Cragun.

Filipe Moreira, Solor

Paulistano, Filipe iniciou seus estudos de ballet clássico no Núcleo de Dança Nice Leite e Ilara Lopes, trabalhando também com Ismael Guiser e Tony Sá. Em 2003, ingressou no Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, destacando-se desde então como solista, dançando todo o repertório da Cia. Foi reconhecido pela crítica e pelo público como um dos maiores talentos dos últimos tempos, dado a sua virilidade, excelência técnica, física e interpretativa. No BTM, desempenhou com sucesso os primeiros papéis nos ballets O Lago dos Cisnes, A Bela AdormecidaO Quebra-Nozes,Raymonda, Coppélia, Giselle, Floresta Amazônica de Dalal Achcar, Carmen de Roland Petit, Onegin Romeu e Julieta de John Cranko. Em 2010, integrou como solista a São Paulo Companhia de Dança. Filipe é convidado para representar o Ballet do Theatro Municipal e o Brasil em várias Galas e Festivais Internacionais. Recentemente apresentou-se na Gala Internacional de Miami, nos EUA.

Moacir Emanoel, Solor

Paranaense de Maringá, Moacir estudou na Escola do Teatro Guaíra em Curitiba, na Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville-SC, e na Cia. Brasileira de Ballet, no Rio de Janeiro. Também aperfeiçoou sua técnica em cursos com importantes coreógrafos, a exemplo de Tadheo de Carvalho, Henrique Talmah, Mário Nascimento, Ilara Lopes e Jorge Teixeira. Recebeu diversas premiações em Festivais no Brasil e na Europa. Apresenta-se em eventos pelo Brasil ao lado de grandes nomes da dança como Ana Botafogo, Marianela Nuñez e Thiago Soares. Desde 2010, integra o Corpo de Baile do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, apresentando-se com destaque como solista nos ballets Romeu e Julieta(Paris) e Onegin (Gremin) e nos primeiros papéis de O Quebra-Nozes (Príncipe das Neves), na versão de Dalal Achcar, e L’Arlésienne (Frédéri).

Ballet e  Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal

Música: Ludwig Minkus
Arranjos e orquestração: Albena Dobreva
Libreto: Marius Petipa e Sergei Khudekov
Coreografia: Marius Petipa por Luis Ortigoza
Cenografiae Figurinos: Pablo Núñez
Iluminação: José Luis Fiorruccio
Coreólogo: Pablo Aharonian
Regência: Javier Logioia Orbe e Tobias Volkmann
Diretor Artístico BTM: Sérgio Lobato


Este evento é realizado pela empresa THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO, que responde pela promoção, produção e organização do evento em geral. Qualquer assunto relacionado à venda de ingressos deve ser tratado diretamente com as empresas responsáveis por sua comercialização.
A MIDIORAMA é responsável somente pela ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO deste evento, não tendo qualquer envolvimento ou responsabilidade sobre a produção, organização, venda de ingressos, agenda ou programação.


Serviço


Rio de Janeiro 1 de junho (TMRJ)

Data:
1 de junho

Local:
TMRJ (Praça Floriano s/n° - Centro)

Horário:
20h

Duração:
150 minutos, com intervalo

Classificação:
Livre

Mais informações:

Datas: 1º e 8 e 29 de junho, às 17h
Datas: 2, 3, 5, 7, 26 e 27 de junho, às 20h

Solistas dos papeis centrais:

Márcia Jaqueline (Nikiya) / Moacir Emanoel (Solor) – Dias 1º e 3
Renata Tubarão (Nikiya) / Filipe Moreira (Solor) – Dias 2, 8, 27 e 29
Márcia Jaqueline (Nikiya) / Cícero Gomes (Solor) – Dias 5, 7 e 26

 

Datas: 1º, 2, 3 e 5 de julho, às 20h
Data: 6 de julho, às 17h

Solistas dos papeis centrais:

Márcia Jaqueline (Nikiya) / Moacir Emanoel (Solor) – Dias 1º, 3 e 6
Renata Tubarão (Nikiya) / Cícero Gomes (Solor) – Dias 2 e 5

 

Ingressos:

  • Frisas e camarotes – R$ 504,00
  • Plateia e balcão nobre – R$ 84,00
  • Balcão superior – R$ 60,00
  • Galeria – R$ 25,00

* Desconto de 50% para estudantes e idosos

 

Informações: (21) 2332-9191

 

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