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Top 5 de biografias de bandas e cantores já feitas no cinema


Confira cinco grandes ícones da música que foram passados para as telonas de cinema

Cinema e música. Há quem diga que esta conjunção consegue, quando bem feita, alegrar a alma de tal forma que um sorriso no rosto fica fixado por horas e horas e nada tem o poder de retirá-lo. É mágica a experiência de, em um único momento, ver e ouvir algo que te toca; que te alegra; que te anima.

E existem algumas maneiras de pensarmos nesta maravilhosa união das artes, sendo uma delas voltada para a própria trilha sonora de um filme, elemento fundamental para sentirmos uma narrativa de modo mais completo. Mas, as que trataremos aqui, foca em casos onde o cinema contou historias de grandes ícones da música.

Foi pensando nesta perspectiva que elaboramos esse top 5 de filmes!

Johnny e June

Esse filmaço de 2005 retrata a vida de um dos maiores nomes da música americana, o ícone country Johnny Cash, desde sua infância com a morte de seu irmão mais velho, o tempo de serviço militar de Johnny, dentre outros acontecimentos que moldaram a sua vida. Cash, que nasceu em 1932 e morreu em 2003, foi vítima de suas escolhas, das boas e das ruins. O filme foca bastante o seu problema com as drogas e suas várias tentativas de se livrar delas, mas, para o bem do filme, o fio condutor é sua relação de amor e amizade com a também cantora June Carter. Ela o salvou, deu um novo sentido para a sua vida e os dois quando cantavam juntos emocionavam a todos. O filme tem direção do cineasta James Mangold, que tempos depois veio dirigir o insosso “Wolverine – Imortal”. O ponto forte do filme é, sem dúvida alguma, a dupla que interpreta Johnny e June: Joaquin Phoenix e Reese Witherspoon fazem aqui os melhores trabalhos de suas respectivas carreiras, rendendo a atriz uma das principais estatuetas do Oscar e ao ator o Globo de Ouro. Witherspoon, entretanto é a maior surpresa, já que ela era conhecida até então como atriz de comédias românticas bobas. Aqui ela dá significado à vida de June Carter.

Piaf – Um Hino ao Amor

Este filme francês de 2007 conta a comovente história de uma das maiores cantoras da música francesa, Edith Piaf, vivida magistralmente no filme pela atriz Marion Cotillard. Edith viveu em um tempo em que a profissão de cantora (mulher) era constantemente confundida com a de prostituta e mesmo com uma sociedade conservadora, em um país conservador – a França da década de 1930 – Piaf conseguiu se sobressair, provando ao mundo que seu talento era raro. Piaf era intensa, sensível e frágil, mas também era poderosa e gigante, principalmente quando estava em um palco. O filme, que venceu dois Oscars, merece ser visto, e Piaf, a personagem, merece ser usada como exemplo de como uma mulher pode vencer, mesmo em situações das mais adversas, como lutar contra uma sociedade machista. E fecharemos o texto com um trecho de sua canção mais famosa, “La Vie en Rose”: “Quand il me prend dans ses bras / Il me parle tout bas / Je vois la vie en rose”. Traduzindo: “Quando ele me toma em seus braços / Ele me fala baixinho / Vejo a vida cor-de-rosa”. Uma obra-prima do cinema contemporâneo.

La Bamba

Este filme é provavelmente o mais tocante de todos, não pela narrativa, mas pelo seu contexto histórico. La bamba, que é também uma inesquecível música, narra a história do cantor Ritchie Valens, que teve uma carreira meteórica no final dos anos 50, embalada com outros grandes sucessos como “Donna”, uma balada romântica composta para uma garota pela qual se apaixonou nos tempos de colégio, Donna Ludwig. A história é basicamente sua, mas o trágico acidente aéreo que ocorreu em 3 de fevereiro de 1959, matou não somente Valens, que tinha apenas 17 anos, mas também outros dois gênios da música na época, o eterno Buddy Holly e The Big Bopper. Este dia, emblemático, ficou conhecido como o dia em que o rock morreu. O filme, que muitos já devem ter visto, em alguma sessão da Rede Globo – quem sabe, retrata toda esta fase meteórica, e vai do êxtase inicial, passando pela sua fase apaixonada e chegando ao fim com o trágico acidente e como a tragédia tocou de tal maneira a sociedade americana. Um filme que mescla alegria com tristeza, que é embalado por canções inesquecíveis e obrigatório assistir para entender um pouco mais a história da música americana.

Sid & Nancy

De todos os filmes desta lista, este aqui é certamente o mais subversivo e que retrata a vida mais caótica dentre os mostrados no post. Trata-se basicamente do filme que relata a vida de Sid Vicious e Nancy Spungen. Sid, o polêmico baixista da banda britânica de punk rock “Sex Pistols” e Nancy, a groupie que fisgou o então punk rock star. O filme, britânico, de 1986, tem um visual sujo, tal como a vida destes dois, que foi regada a escândalos e teve como slogan o mais que famoso “sexo, drogas e rock’n’roll“. Este estilo de vida resultou infelizmente na precoce morte de ambos. O filme é uma pérola do circuito alternativo de cinema e apresentou para muitos cinéfilos o punk rock, nascido na Inglaterra, na década de 1970. No centro deste novo gênero está o grupo Sex Pistols, e seu baixista, Sid (interpretado pelo ator Gary Oldman), sintetizam muito bem toda essa fúria punk. Sid é problemático, de temperamento indiferente e revoltado, e por conta disto desperta o interesse do lendário empresário Malcolm McLaren. Tudo caminha bem, até Sid conhecer a excêntrica Nancy Spungen (Chloe Webb), com quem começa a dividir momentos loucos, com muitas drogas e diversão. Uma relação de altos e baixos, com histórico de sexo, violência e escândalos, que afastou Sid da banda e, de certa forma, da sua própria vida. Uma experiência única, um filme desconcertante. Subversivo, sujo, mas relevante.

Backbeat

Este filme é dos mais curiosos, pois vamos falar dos Beatles, mas não dos quatro que conhecemos tão bem, mas sim do quinto beatle, que poderia ser hoje um ícone da música, mas decidiu largar a banda para se dedicar a outros projetos. A história tem foco em Stuart Sutcliffe (Stephen Dorff), o quinto Beatle, que tem um dom de pintar quadros e toca baixo na banda que, posteriormente, viraria febre mundial. Em 1960, na cidade natal da banda, Liverpool, ele e seu amigo John Lennon (Ian Hart) combinam uma viagem para a Alemanha Ocidental, para fazer shows em bares e tentar conseguir algum tipo de reconhecimento. O filme tem parte de sua história rodada em Hamburgo, onde Stu, como é conhecido, conhece a jovem alemã Astrid Kirchherr (Sheryl Lee), por quem se apaixona e é correspondido. Neste momento nasce o dilema: a banda ou a sua paixão? Sabemos qual foi a escolha dele.

Por Cabine Cultural


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