Considerada um dos maiores nomes da história da Música Popular Brasileira, a cantora baiana Gal Costa morreu hoje (9), com 77 anos de idade. A assessoria da cantora confirmou a informação, mas não divulgou o motivo da morte. Há três semanas a cantora havia suspendido todos os compromissos profissionais para a realização de uma cirurgia para a retirada de um nódulo na fossa nasal.
Gal estava desde o ano passado realizando a turnê “As várias pontas de uma estrela”, com um repertório que revisitava grandes sucessos da MPB, músicas como “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de mel”. O show estreou em São Paulo há um ano, e além de passar por várias cidades do país e alguns festivais, seria visto na Europa em breve. Ela seria inclusive uma das atrações do festival Primavera Sound, que aconteceu em São Paulo no último final de semana, mas foi cancelada de última hora.
Gal Costa nasceu em Salvador, na Bahia, em 1945, trabalhou numa loja de discos e sempre se interessou por música, com incentivo da mãe. No início dos anos 60 conheceu Caetano Veloso, numa amizade que duraria a vida toda. Em 64 estreou ao lado de Caetano, Gil, Bethania e Tom Zé no espetáculo “Nós Por Exemplo”, em Salvador. Depois disso mudaria-se para o Rio.
Lançou 12 álbuns ao vivo e 31 álbuns de estúdio em sua carreira – o primeiro “Domingo”, em 1967, ao lado de Caetano, e o mais recente “Nenhuma Dor”, de 2021. Foi um dos nomes da Tropicália, movimento que revolucionou a música no país.
Foto: Marcos Hermes