Em janeiro de 2018 eu defini onde passaria meu aniversario, que é a virada entre 20 e 21 de abril: com o Radiohead. Ok! Com a banda e mais 10 MIL pessoas, mas mesmo não sendo algo ‘íntimo’ sabia que seria especial.
Cresci nos anos 80. Para mim, música britânica e melancólica falam com a alma. No entanto, nos anos 90 eu passei uma década explorando música clássica e trilhas sonoras, pouco ouvia grunge e me mantive alienada das novidades. Meu irmão, referência de bom gosto, me apresentou a Nirvana e Radiohead. Reconheço ter torcido o nariz para ambos, mesmo respeitando. Não eram para mim. Oasis e The Verve eram o máximo da minha boa vontade para aquela década.
Vinte anos depois veio a oportunidade de virar uma noite especial com Radiohead, que sempre despertou respeito e estranheza. Um amigo já tinha dito que é impossível de perdê-los ao vivo. Sexta foi a prova disso. A melancolia das melodias nos elevaram a um êxtase coletivo. Fãs apaixonados. Uma noite inesquecível que está on loop no iPod, iphone, coração e memória. Eles entram no palco, em Sampa, dois dias depois. Tive inveja, queria passar mais 2h30 com eles de novo. On Loop. Foi incrível.
For a moment there, I lost myself. I lost myself.
FOREVER.
Crédito foto: Tuiki Borges – Midiorama