No inicio dos anos 80, o Rio de Janeiro “efervescia” na pedra do Arpoador, com sua vista estonteante, de onde todos aplaudiam o pôr do sol. Foi ali que aterrissou, no verão de 1982, uma grande tenda de lona azul com o nome de “Circo Voador“. O espaço tornou-se mitológico, transformou vidas e jogou luz em toda uma geração. Cazuza estava lá: personagem ímpar desta história, poeta maior do nosso rock, que há 30 anos lançava o hit “Exagerado” em seu primeiro LP solo, logo após sair do “Barão Vermelho” para assumir sua fulminante carreira. Há 25 anos ele nos deixou, mas o “poeta não morreu” e permanece vivo em corações e mentes.
Criado em 1982, o espaço carioca consagrou grandes nomes e transformou para sempre a cultura do Rio de Janeiro. Foi responsável por alavancar muitos grupos de teatro e bandas de rock, hoje consagrados. O primeiro passo do Circo foi dado a partir dos cursos ministrados pelos integrantes do grupo “Asdrúbal Trouxe o Trombone”, fundado por Regina Casé e Luis Fernando Guimarães, tendo como integrantes Patrícia Pillar, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Perfeito Fortuna, Cacá Dionísio (sonoplastia), Nina de Pádua, Cazuza e Gilda Guilhon.
A Vivo, Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Lei Estadual de Incentivo a Cultura resolveram presentear a cidade maravilhosa em seu aniversário de 450 anos, no final de semana do dia dos namorados, com a volta histórica do Circo Voador ao Arpoador, com as mesmas dimensões e conceito de programação daqueles dias em que Cazuza se apresentava por lá, no palco ou na plateia. Entre 12 e 14 de junho, a lona original será palco de shows, festas e diversas atividades culturais, em uma programação intensa e totalmente gratuita, que dura todo o fim de semana. Artes performáticas, poesia, um baile e muito rock compõem a programação que reunirá atrações de ontem, hoje e sempre nesta reedição.
Ao longo dos três dias, o projeto contará com shows das bandas Nove Zero Nove, Suricato, Dônica eBlitz, além da superbanda Todos Envolvidos, formada por artistas que fazem parte da história da música brasileira, como Liminha, Dado Villa-Lobos, João Barone, Kassin e Toni Platão. Também estão programadas oficinas infantis voltadas para circo, teatro, capoeira, apresentação de filmes e documentários, além da apresentação do grupo “As Marias da Graça” e de Chacal lendo sua poesia da “História dos 25 anos do CEP 20.000”. No primeiro dia do evento, a programação inclui uma homenagem aCazuza, no ano em que a canção “Exagerado” completa 30 anos. Logo depois, a superbanda Todos Envolvidos fará um pocket show de uma hora com hinos do rock nacional.
Ainda no dia 12 de junho, a Vivo lançará mais uma superprodução: o filme estrelado por Emílio Dantas, ator que protagonizou o musical Cazuza, com direção de Nico Perez Veiga e Luisa Kracht e produção da PBA Cinema.
Toda a programação é gratuita e os ingressos para os três dias do Circo Voador no Arpoador serão distribuídos mediante senhas, a partir das 10h, no dia 8 de junho. Mais informações estão disponíveis nosite do evento.
Exagerado 3.0 – Re-Colour
Iniciando as comemorações que acontecerão no Arpoador, aVivo e a Musickeria CORP lançaram a música “Exagerado 3.0”, um “re-colour” em homenagem aos 30 anos de lançamento de “Exagerado”, marco de uma geração e ainda tão atual quanto na época. A nova versão reúne um time renomado de artistas que são parte da história do rock brasileiro e foram influenciados pela obra de Cazuza em suas trajetórias, prometendo trazer de volta às paradas um dos mais emblemáticos hinos do rock androllnacional.
O “re-colour”manteve a voz original do artista e teve produção musical, baixo e violões por Liminha, bateria e pandeirola por João Barone (Paralamas do Sucesso), guitarras por Dado Villa Lobos (Legião Urbana), teclado e programações por Kassin e mixagem de Liminha e Daniel Alcoforado. Lançada nas rádios de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal no dia 18 de maio, a canção já ocupa as paradas de sucesso e figura entre as 10 mais pedidas pelos ouvintes. Trata-se do primeiro “re-colour” de música realizado no Brasil.
Parte dos direitos obtidos com a venda digital da nova versão da música será doada à Sociedade Viva Cazuza, que completa 25 anos em 2015 e foi criada por Lucinha Araújo, mãe do cantor e compositor, para dar assistência a crianças e adolescentes portadores do vírus HIV, assistência social a pacientes adultos em tratamento na rede pública na cidade do Rio de Janeiro e difundir informações científicas sobre a doença para profissionais de saúde e leigos.
Vivo homenageia Cazuza com nova versão de “Exagerado” e reedição do Circo Voador para lançamento de branded content
Inspirada em uma das figuras mais marcantes da música brasileira, a Vivo homenageia Cazuza com o “re-colour” de seu primeiro single em carreira solo, “Exagerado”. No aniversário de 30 anos da canção, a empresa também remonta a lona original do Circo Voador na Praia do Arpoador e lança ação debrandedcontent a partir da gravação de clipe da música.
Após se tornar a grande referência em brandedcontent na internet brasileira, lançando produções que quebraram recordes e conquistaram volume impressionante de views – com mais de 20 milhões de views, Metamorfose Ambulante foi o vídeo mais visto e compartilhado no Youtube no ano passado –a Vivo teve, em 2015, o desafio de se superar mais uma vez.
Para tanto, em parceria com a Africa e a Musickeria, apostou em um projeto inovador e exagerado, homenageando aqueles que, como Cazuza, vivem a vida intensamente. “A trajetória do Cazuza e a mensagem que ele transmite até hoje em suas composições têm tudo a ver com nosso posicionamento de marca para o 4G, de que a vida passa rápido demais e que é preciso viver intensa e exageradamente cada minuto”, afirma Cris Duclos, diretora de Imagem e Comunicação da Vivo.
Os artistas que se apresentam no Arpoador
Todos Envolvidos
Formado por músicos lendários como Liminha, Dado Villa-Lobos, João Barone e Kassin, responsáveis pela elaboração do re-colour “Exagerado 3.0”, em uma homenagem à música de Cazuza, lançada há 30 anos, a banda conta ainda com o vocal de Toni Platão. No dia 12 de junho, a superbanda estará no palco do Circo Voador, no Arpoador, quando apresentarão verdadeiros hinos do rock nacional, além de canções que foram eternizadas no palco da lona original em 1982 e que continuam embalando diversas gerações.
Blitz
Blitz é uma das principais banda do rock brasileiro, precursoras do chamado “BRock”. O grupo foi formado no Rio de Janeiro, em 1980, e hoje é composto por Evandro Mesquita (voz, gaita, guitarra e violão), Andréa Coutinho (voz), Giovanna Cursino (voz), Cláudia Niemeyer (baixo), Rogério Meanda (guitarra), Juba (bateria) e William “Billy” Forghieri (teclados). Com 12 trabalhos no currículo ao longo dos 35 anos de carreira, já passaram pela banda artistas como Fernanda Abreu, Lobão, Antônio Pedro Fortuna, Ricardo Barreto, Márcia Bulcão, Luciana Spedo e Mari Salvaterra.
Em julho de 82, o compacto com a canção “Você Não Soube Me Amar” vendeu mais de um milhão de cópias, em uma época de crise do mercado fonográfico e a banda virou uma verdadeira febre. O sucesso da Blitz mudou o panorama das rádios do Brasil que começaram a correr atrás das bandas nacionais e de seus hitpara satisfazer um publico que queria ouvir suas histórias.
Hamilton de Holanda e O Baile do Almeidinha
Depois de três anos e mais de 40 edições realizadas, o Baile do Almeidinha ganha seu primeiro registro fonográfico, um álbum de músicas autorais, com composições testadas e aprovadas pelo público cativo das memoráveis noites do Almeidinha. O pré-lançamento será no dia 14 de junho, no Circo Voador – Exagerado 30 anos, no Arpoador, tendo como convidados a cantora Roberta Sá, o rapper BNegão e Gabriel Moura, sobrinho de Paulo Moura, que junto com Severino Araújo, era responsável pelas memoráveis “Domingueiras Voadoras” do Circo. O lançamento oficial será no dia 26 de junho, no Circo Voador, na Lapa.
Muitos perguntam porque Almeidinha, quem é o personagem que dá nome ao baile comandado por Hamilton de Holanda? E por que um baile de música instrumental no Circo Voador? “Essa história começou nos bastidores do Circo Voador. Em algumas conversas com Maria Juçá e Marcos Portinari, a Sra. Circo Voador e meu parceiro querido, eu ouvia os dois falarem: Vamos fazer um Baile! Você precisa fazer um Baile pras pessoas dançarem. Algo parecido com o que foi feito no Circo pelo Paulo Moura e Severino Araújo”, afirma Hamilton de Holanda.
Suricato
Criado em 2011 por Rodrigo “Suricato” Nogueira, o Suricato se destaca por trazer instrumentos pouco comuns e influências de todas as partes do mundo, apresentando raízes do folk, country e blues e já se destacando como um dos principais grupos do estilo. Entre os apetrechos, o Didgeridoo aborígena Australiano, uma mala de viagem adaptada para bumbo de bateria, e até mesmo o washboard, uma tábua metálica de lavar roupa, chamam atenção do público para o diferencial da banda.
Em 2014, participaram do SuperStar, dando mais destaque ao seu trabalho. Mas, mesmo antes do programa, o quarteto já possuía admiradores de peso, como Nando Reis, Paulinho Moska, Fernanda Takai, Leoni e Lulu Santos, que gravou “Um certo alguém” com o grupo, após se encantar com a versão que faziam nas aberturas de shows do Nando Reis.
Em turnê por todo o país com canções autorais e releituras, Rodrigo Suricato (voz, guitarras, violões, ukulele, dobro), Gui Schwab (gaita, guitarras, violões, viola caipira, mandolim e outras cordas), Raphael Romano (baixo) e Pompeo Pelosi (bateria e percussão) já têm dois discos na bagagem: Para sempre primavera e Sol-Te, que mostra o sucesso de Rodrigo também como compositor.
Dônica
A Banda Dônica nasceu em 2011 e desde sua formação vem se apresentando em pequenos locais da cena carioca, angariando uma legião de fãs.Influenciada pelo rock progressivo dos anos 70 e pela música experimental, a banda caiu nas graças de Milton Nascimento, que se tornou o padrinho oficial do grupo. Dônica é composta pelo vocalista e pianista José Ibarra, pelo baixista Miguel Guimarães, pelo baterista André Almeida, pelo guitarrista Lucas Nunes e por Tom Veloso, filho de Caetano Veloso. Tom, que não sobe ao palco nas apresentações, mas compõe a maior parte das letras e músicas da banda em parceria com José Ibarra. A banda tem seu álbum de estreia com lançamento previsto para 2015 e divulga as canções “Casa 180” e “Inverno”.
Vinil é Arte
Vinil é Arte é um coletivo de pesquisadores musicais formado por seis DJs que atuam há mais de uma década em prol da “cultura do vinil”, os integrantes trazem em suas apresentações uma visão única sobre a história da música lançada em vinil e contam com um acervo coletivo de mais de 20.000 discos.Os DJs do Vinil é Arte são Bruno Niggas e Caio Formiga (São Paulo); Marcello MBgroove e Tuta Discotecário (Rio de Janeiro), Pedro Paiva (Juiz de Fora) e Luiz Valente (Belo Horizonte).Entre os principais eventos percorridos pelo coletivo, está a residência nas cinco edições do Copafest, evento que acontece no Copacabana Palace Hotel e traz os maiores nomes da música brasileira instrumental da atualidade, o megaevento Rock in Rio III, a Virada Cultural de São Paulo, o Festival de Inverno de Ouro Preto, o festival Internacional de Cinema Cineport, apresentações na África do Sul.
As Marias da Graça
As Marias da Graça ganharam seus narizes vermelhos em julho de 1991 e resolveram formar um grupo de mulheres palhaças, algo totalmente novo no país.São mulheres que trabalham o riso e escolheram esta arte para expressar o cotidiano feminino, interferindo assim, na visão tradicional deste universo artístico.O grupo optou por uma atuação popular e está presente em diversos pontos da cidade.
Um de seus objetivos é utilizar o teatro como um meio de socializar e educar, em um processo de fortalecimento da identidade cultural da cidade.Os 13 anos de teatro de rua, palcos e projetos possibilitaram ao grupo a formação de uma plateia cativa que as prestigia independente do espaço, local ou proposta de encenação que tenham
As Marias da Graça são palhaças, cariocas e bem humoradas, e a cada apresentação reiteram seu compromisso com a arte como uma das melhores contribuições para uma sociedade mais justa e feliz.
Chacal
Poeta eletrista brasileiro, Chacal foi um dos primeiros poetas da década de 1970 a se utilizar do mimeógrafo para divulgar sua poesia. Em 1975, participou do grupo Vida de Artista, que contava com poetas como Francisco Alvim eCacaso. Nessa mesma época juntou-se a Charles Peixoto, Bernardo Vilhena e Ronaldo Bastos para fundarem o Nuvem Cigana, grupo que agitou a vida carioca do final da década de 1970.
Paralelo à poesia, Chacal trabalho também com grupos de teatro, escrevendo “Aquela Coisa Toda” para o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone (de Regina Casé e Luis Fernando Guimarães). Nesse período, aproximou-se de Patrícia Travassos e Evandro Mesquita, futuros parceiros da banda Blitz, para a qual Chacal compôs algumas letras.Desde 1990, Chacal é diretor do projeto CEP 20.000, que já recebeu mais de mil artistas em 25 anos de atividade.