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William Crunfli, da Move Concerts, faz balanço de 2017


O presidente da Move Concerts em um momento raro concedeu a entrevista

Um dos mais Importantes nomes do showbusiness no Brasil por mais de três décadas, o empresário e presidente da MOVE CONCERTS BRASIL começou pensando e fazendo grande em 1981, o histórico show do Queen no Morumbi, em São Paulo. De lá para cá, esteve à frente de várias empresas e projetos. William é a força constante na realização de shows no Brasil e é reconhecido como um dos principais promotores da história do entretenimento ao vivo no país.

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Ele é um dos responsáveis pela realização dos eventos de abertura e encerramento dos jogos Pan-Americanos de 2007 à grandes shows e festivais como Natura Nós, Katy Perry, Queen + Adam Lambert, Rod Stewart, A-HA, System Of a Down, Splipknot, Faith No More, Iron Maiden, Lionel Richie, Fifth Harmony, Z Festival, New Order, Maximus Festival, Queens og the Stone Age, Bruce Springsteen, The Cure, Noel Gallagher, Arctic Monkeys, Elton John, Michael Bublé, Beyoncé, Bon Jovi, Kiss, Maroon 5, Robert Plant, Morrissey, U2, Ed Sheeran, John Mayer, Bruno Mars, Green Day… Ufa, isso citando alguns apenas para você  não ter que rolar a telinha até amanhã.

Normalmente reservado e avesso aos holofotes, William falou com a ON STAGE LAB e fez um balanço da fase – desta vez, um tsunami de ascensão do showbusiness no Brasil. Aproveite. Este momento é raro.

ON STAGE LAB: O ano de 2017 foi atípico para o entretenimento do Brasil?
WILLIAM CRUNFLI: Foi atípico. O Rock in Rio coincidiu com várias tours programadas no segundo semestre.

ON STAGE LAB: Por que os shows de arena e estádio aumentaram no Brasil em uma proporção maior do que os shows de casa?
WILLIAM CRUNFLI: Entre setembro e novembro, juntaram os grandes nomes do RIR + Paul McCartney, da T4F, e as tours de Bruno Mars, Green Day, John Mayer e U2, programadas pela Move / Live Nation, além de Coldplay, pela DC7 e Live Nation. Com isso, alguns dos artistas pra casas modificaram suas agendas pra sair dessa louca concorrência.

ON STAGE LAB: O showbusiness está imune a crise?
WILLIAM CRUNFLI: Não está. O público fica mais seletivo e vai aos shows que são imperdíveis pra cada um. O mercado respondeu muito bem a essa grande quantidade, mas tem a ver com a qualidade dos shows. Passaram por aqui os maiores nomes da música internacional

ON STAGE LAB: Qual a porcentagem de diferença de faturamento em shows de 2016 para 2017?
WILLIAM CRUNFLI: Triplicamos o faturamento em relação à 2016.

ON STAGE LAB: Você aposta em um crescimento contínuo daqui para a frente? Qual a expectativa pra 2018?
WILLIAM CRUNFLI: Acho difícil repetir 2017, mas 2018 já está bem movimentado também.

ON STAGE LAB: Quais são as dificuldades e erros comuns que ainda não foram vencidos neste mercado?
WILLIAM CRUNFLI: A maior dificuldade ainda é a falta de uma arena em São Paulo, os problemas da cidade em relação a acesso e trânsito. O ingresso de estudantes só atrapalha, inclusive o próprio estudante.

ON STAGE LAB: Como você enxerga a aterrizagem da Live Nation no Brasil? O que isto fará pelo mercado?
WILLIAM CRUNFLI: Vamos lembrar que Live Nation sempre esteve no mercado junto com a T4F e agora estão separados. Essa é a mudança.

ON STAGE LAB: Saímos da informalidade há um tempo. Há ainda mais espaço para profissionalizar e regulamentar esta área?
WILLIAM CRUNFLI: Estamos chegando ao primeiro mundo. Falta muito pouco para o dia em que teremos o apoio do governo para venues, transporte, segurança e acesso de qualidade à cultura.

ON STAGE LAB: Você acha que o poder público enxerga a importância do entretenimento para a economia do país? No mundo perfeito, o que pode ser feito por este setor?
WILLIAM CRUNFLI: Não enxerga ainda, mas cabe a nós mostrarmos isso. Falta união entre os grandes e apresentar aos órgãos.

Por On Stage Lab


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