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XVI Panorama Percussivo Mundial PERCPAN 2009


XVI Panorama Percussivo Mundial – maior festival de música e percussão do país – trouxe ao Brasil em setembro o aclamado grupo BEIRUT, o multi instrumentista e produtor Airto Moreira e a cantora Flora Purim, o percussionista francês Cyril Hernandez e o italiano Andrea Piccioni, entre muitas outras atrações: Salvador (no Teatro Castro Alves, dias 4 e 5 de setembro) e no Rio de Janeiro (dias 8 e 9 de setembro, no Oi Casa Grande) e São Paulo (dia 11 de setembro, no Via Funchal).

Reconhecido como um dos maiores e mais conceituados festivais de percussão do mundo, o PercPan – Panorama Percussivo Mundial já se tornou referência no cenário desse gênero. O evento chega a sua 16ª edição com uma programação musical em três capitais do país, que combina concertos e workshops de talentos da percussão, da música étnica e da música popular internacional.

Como em edições anteriores, essas atrações serão apresentadas em Salvador (no Teatro Castro Alves, dias 4 e 5 de setembro) e no Rio de Janeiro (dias 8 e 9 de setembro, no Oi Casa Grande). O festival termina em São Paulo (dia 11 de setembro, no Via Funchal), apenas com o show da banda norte-americana Beirut, a atração mais popular desta edição.

O percussionista Airto Moreira e a cantora Flora Purim, brasileiros muito respeitados na área do jazz, que vivem nos Estados Unidos desde o final da década de 60, também estão entre os destaques do evento. O elenco inclui ainda o francês Cyril Hernandez, o italiano Andrea Piccioni, o alemão David Kuckhermann, o jordaniano Ahmad Al-Khatib e os japoneses da Oki Dub Ainu Band.

O elenco nacional inclui o Trio 3-63 (formado pelo percussionista Marco Suzano, diretor artístico do festival, com a flautista Andrea Ernest e o pianista Paulo Braga, que acabam de lançar seu primeiro CD) e o jovem pandeirista baiano Emerson Taquari. O 16º Perc Pan conta com patrocínio da Oi e apoio cultural da Oi Futuro.

MÚSICA CIGANA

“Não pretendo que o festival tenha um viés único, nem que ele seja desvirtuado de seus atributos e promessa de marca. O que representar universalidade, pluralismo e etnicidade sempre será bem vindo nos palcos do PerPan”, afirma a socióloga e produtora do evento, Elisabeth Cayres, justificando o convite que fez à banda Beirut, meses depois de conhecê-la por meio de críticas elogiosas na imprensa francesa. O trompetista e cantor norte-americano Zach Condon, líder da banda, inspirou-se  na música cigana da região dos Balcãs, no Leste Europeu, para compor seu repertório.

A produtora do festival conta que, ao assinar o contrato com a banda, em janeiro deste ano, não imaginava que ela teria tantos admiradores por aqui. O fã-clube cresceu bastante depois que a canção “Elephant Gun” foi incluída na trilha sonora da minissérie “Capitu”, da TV Globo. “Beirut vinha sendo aguardada pelo público brasileiro já há algum tempo. Quando o próprio líder da banda confirmou a presença no Brasil, os fãs ficaram bastante entusiasmados. Blogs, sites especializados e jornais vêm dando cobertura inédita à vinda da banda”, comenta Elisabeth.

NOITE DOS PANDEIROS

Marco Suzano, que responde pela direção artística do PercPan desde 2001 (inicialmente, em parceria com o cantor e compositor Gilberto Gil), explica que as duas noites do evento terão propostas diferentes. Para encerrar o festival, em Salvador e no Rio, ele convidou percussionistas que vão mostrar como o pandeiro é tocado de maneiras diversas. A idéia surgiu no ano passado, na Alemanha, ao participar do Tamburi Mundi, um festival que reuniu somente pandeiristas.

“O pandeiro brasileiro é o único tocado se olhando a pele do instrumento. No resto do mundo, ele é tocado verticalmente, com a pele para frente, com uma técnica totalmente diferente. Assim pensei em fazer uma noite do PercPan focada no pandeiro de mão. Ela será encerrada pelo Airto Moreira, que nós já vínhamos convidando há alguns anos e é um tremendo pandeirista”, comemora o diretor artístico do evento.

Outro brasileiro convidado para essa noite é o baiano Emerson Taquari, que Suzano vê como uma grande revelação do gênero. “Ele lançou um disco muito bonito, tocando pandeiro e percussão. Aqui no Brasil está surgindo uma mudança muito radical na maneira de tocar pandeiro. Tem uma nova geração, vindo aí, que é sensacional”, elogia.

Para compor essa noite dedicada aos pandeiristas, Suzano convidou também dois músicos que participaram do Tambori Mundi, em 2008. “O Andrea Piccioni toca aquele pandeiro típico da Sicília, com uma técnica que usa as costas da mão. Ele é uma enciclopédia musical, um profundo conhecedor de todos os ritmos do Oriente Médio. Toca com muita força, com uma velocidade astronômica e também canta. Já o David Kuckhermann é um músico bastante técnico, especialmente tocando um pandeiro típico de Marrocos. Ele é muito musical”, comenta Suzano.

ENGENHARIA DO SOM

Para as noites de abertura do festival, em Salvador e no Rio de Janeiro, Suzano escolheu projetos que destacam a engenharia de som orientada para a percussão. Nessa vertente, um dos músicos mais inventivos da atualidade é o francês Cyril Hernandez. “Ele transita na área da música contemporânea, mas trabalha com um processo de sonorização muito especial: microfona o próprio corpo e, com duas baquetas, é capaz de tocar em qualquer ambiente. Esse som é mandado para um sistema computadorizado, como um PlayStation, que permite que ele faça loopings e delays, tocando mesmo”, comenta Suzano.

Outra atração dessa noite é a Oki Dub Ainu Band, banda liderada pelo músico japonês Oki, que mistura música tradicional “ainu” (uma antiga etnia indígena do Japão) com o reggae e outros estilos de world music. “O Oki toca ‘tonkori’, um instrumento tradicional de cordas dedilhadas que havia desaparecido. Quando soube que esse instrumento possuía raízes ‘ainu’, ele foi para o norte do Japão em busca de informações e conseguiu remontá-lo por meio de fotos e arquivos de som. Com o ‘tonkori’, o Oki cria uma espécie de mantra que leva ao transe, uma loucura”, comenta Suzano.

Também fazem parte da Oki Dub Ainu Band o baterista Takashi Numazawa (que se apresentou no 10º PercPan) e o engenheiro de som Naoyuki Uchida. “O Uchida, que também usa o pseudônimo Dub Mix, é especialista em dub”, explica Suzano, referindo-se à forma de remixar gravações de reggae surgida na Jamaica, nos anos 60. Hoje, o dub já se tornou um estilo, que se caracteriza como uma intervenção em uma música existente por meio de efeitos processados eletronicamente. “Vamos mostrar como é importante a presença do engenheiro do som. O que o Uchida faz com o som do meu pandeiro é incrível, uma verdadeira viagem”, comenta Suzano, que tem discos gravados no Japão com esses artistas japoneses.

Essa combinação de estilos musicais contemporâneos e tradicionais, de sonoridades acústicas e eletrônicas, de música instrumental e vocal, tem contribuído desde as primeiras edições do PercPan para o alto prestígio que ele desfruta no cenário internacional. Em suas 15 edições iniciais, o festival já exibiu cerca de 220 atrações originárias de 33 países.

“O PercPan é e sempre será centrado na música percussiva, contudo sempre estaremos abertos à diversidade e à inovação, a novas tendências e linguagens da percussão”, conclui a produtora Elisabeth Cayres.

O ELENCO DO FESTIVAL

BEIRUT (EUA)
Essa jovem banda americana nasceu em 2005, depois que Zach Condon, seu criador, passou temporadas na Europa, pesquisando a música cigana dos Balcãs. Ao lado dessa paixão, ele cultiva outras, como a música brasileira de Caetano Veloso e Jorge Ben, ou as canções soturnas de Serge Gainsbourg e Tom Waits. Instrumentos de sopro incomuns na música pop atual, como a tuba, o bombardino e o acordeon, contribuem para a sonoridade original da Beirut, veículo perfeito para as canções melancólicas de Condon.

AIRTO MOREIRA & FLORA PURIM (Brasil/EUA)
Parceiros na música e na vida pessoal, o percussionista catarinense e a cantora carioca vivem nos EUA desde o final da década de 60. Ali se estabeleceram com muito sucesso, especialmente na área do jazz. Airto, que foi integrante do lendário Quarteto Novo, tocou e gravou com Miles Davis e com as bandas Weather Report e Return to Forever, antes de liderar seus grupos com Flora. Com seus solos de pandeiro e bateria, contribuiu ativamente para ampliar o papel da percussão no jazz contemporâneo. Além da banda que os acompanha, Airto e Flora terão como companhia no palco o duo Eyedentity, formado pela filha do casal, D Booker, nos vocais, e Krishna Booker, filho do baixista Walter Booker e sobrinho de Wayne Shorter, que aparece nos vocais e na percussão.

CYRIL HERNANDEZ (França)
Percussionista e compositor, o francês Cyril Hernandez combina recursos multimídia e teatrais com influências da música contemporânea até a música pop. Seus projetos artísticos trazem sempre um questionamento do espaço e do corpo. Desde 2006 vem se dedicando à pesquisa de performances e instalações sonoras em espaços públicos. Entre 2007 e 2008 passou 6 meses no Brasil, onde apresentou o espetáculo e as instalações sonoras “Passarelas de ImaginaSom”, com participações dos percussionistas Marco Suzano e Siri. Para o Percpan, Cyril Hernandez vai apresentar uma nova forma de show, com percussão, musica eletrônica e vídeo, convidando Cyrille Brissot (França) e um artista Brasileiro: Sebastian Notini, em Salvador, e o Zero, no Rio. (site oficial: www.latruc.org)

OKI DUB AINÚ BAND (Japão)
Uma das atrações mais excitantes da cena atual, no Japão, a banda criada pelo cantor e guitarrista Oki funde em sua música elementos da tradição “ainu” (etnia indígena que precedeu a formação do país) com o reggae e o afro-pop. Conectado com seus ancestrais, Oki toca o “tonkori”, instrumento de cordas dedilhadas que havia desaparecido, até que conseguiu recriá-lo a partir de fotos e registros sonoros. O engenheiro de som Ushida Dub Mix e o baterista Takashi Numazawa também se destacam na banda.

ANDREA PICCIONI (Itália)
Este italiano, natural de Roma, é um grande especialista em instrumentos de percussão da região mediterrânea. Seu instrumento principal é o tamburello (uma espécie de pandeiro), mas Piccioni revela a notável capacidade de tocar outros instrumentos desse tipo, combinando seu estilo pessoal com um profundo conhecimento das culturas musicais de diversos países, como a Turquia ou a Índia, além da Itália. Nos últimos anos, ele tem alternado a rotina dos concertos com intensa atividade como professor.

DAVID KUCKHERMANN (Alemanha)
A técnica apurada deste músico alemão, que aprimorou seus conhecimentos no departamento de world music do Conservatório de Roterdã, na Holanda, logo chama atenção. Depois de estudar com mestres da percussão mundial, como Glen Velez, Behnam Samani e Siavach Yazdanifar, ele desenvolveu seu próprio estilo, incorporando técnicas das tradições musicais de diversos países, como o Irã, o Egito e a Turquia. Em 2006, lançou o primeiro volume de uma série de DVDs pedagógicos dedicados à percussão de mão.

AHMAD AL-KHATIB (Jordânia)
Esse músico nascido na Jordânia, em uma família de refugiados palestinos, ainda era criança quando começou a tocar oud (pronuncia-se “ud”), um dos instrumentos de cordas mais antigos do mundo, cujas origens remontam à Mesopotâmia. Depois de se formar na universidade, em 1997, Al-Khatibretornou à Palestina, onde se juntou ao Karloma, conjunto de câmara com o qual já gravou vários CDs. Considerado um astro em ascensão do oud, lançou seu primeiro CD solo, “Sada”, em 2004. Hoje vive na Suécia.

TRIO 3-63 (Brasil)
A flautista Andrea Ernest, o pianista Paulo Braga e o percussionista Marco Suzano estrearam esse trio, oficialmente,  em um concerto na França, em 2005. Somada à inventividade rítmica de Suzano, a bagagem erudita de Andrea e Braga faz do Trio 3-63 um projeto único, que explora os limites entre o clássico e o popular. Choro, lundu, ritmos do Nordeste e música contemporânea se misturam no CD de estréia do trio, lançado em 2009, que inclui composições de Tom Jobim, Guerra-Peixe, Pixinguinha e Luiz D’Anunciação.

EMERSON TAQUARI (Brasil)
Aos 25 anos, o baiano Emerson Taquari é considerado uma das mais promissoras revelações da percussão no país. Depois de tocar com diversas bandas de pagode e axé music, além de ter acompanhado a cantora Daniela Mercury, Taquari lançou em 2008 o CD “Pandeirando”, que mostra sua evolução como solista e compositor instrumental. Caracterizando o pandeiro como “uma bateria portátil”, ele revela ecléticas influências rítmicas, que vão do frevo ao samba, do baião ao merengue.

 

16º PANORAMA PERCUSSIVO MUNDIAL – PERCPAN

Países participantes:

América do Sul: Brasil e Argentina

Europa: Itália, França e Alemanha

Ásia: Japão

América do Norte: EUA

Oriente Médio: Jordânia

SERVIÇO
SALVADOR
Local: Teatro Castro Alves

(Praça Dois de Julho, s/n – Campo Grande)

Datas: 04 e 05 de setembro de 2009

Início do primeiro show: 20:00h

Preços:

R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia)
Local de vendas: Teatro Castro Alves, SAC Barra e SAC Iguatemi

Início das vendas: 03/08/2009

Censura: 14 anos

Informações e venda: (71) 3117-4899

WORKSHOPS

Praça Pedro Arcanjo – Pelourinho

QUI 03/09
11h: OKI + EXPE SPACE DUB AINÚ BAND

SEX 04/09
11h: David Kuckerman & Ahmad Al Khatib
14h: Andrea Piccioni
15h30: Airto Moreira

SÁB 05/09
10h: Cyrill Hernandez & Trio 3-63

 

 

Programação:

PRIMEIRA NOITE (04 de setembro)

Trio 3-63 – Brasil/ RJ (Marco Suzano , Andrea Ernest, Paulo Braga)
Cyril Hernandez & Cyrille Brissot – França – Artista Convidado: Sebastian Notini
OKI + EXPE SPACE DUB AINÚ BAND – Japão
Beirut – EUA

SEGUNDA NOITE (05 de setembro)

Trio 3-63 –  Brasil/ RJ (Marco Suzano , Andrea Ernest, Paulo Braga)
Andrea Piccioni – Itália
Emerson Taquari & Banda – Brasil/ BA
David Kuckerman – Alemanha & Ahmad Al Khatib – Jordânia
Airto Moreira & Flora Purim – Participação Especial: Eyedentity – Brasil/EUA

*Workshops: 09 (nove) por cidade, sendo ministrados gratuitamente ao publico interessado pelas atrações/grupos participantes do festival.

**Encontros Culturais entre artistas do Festival com Projetos Sociais que utilizam a música como forma de Inclusão Social.

RIO DE JANEIRO
Local: Oi Casa Grande

(Av. Afrânio de Melo Franco, 290 – Leblon)

Datas: 08 e 09 de setembro de 2009

Início do primeiro show: 20:30h

Preços:

R$ 60,00 a R$120,00
Locais de Venda: Bilheteria do teatro e “ingresso.com”

Data de inicio das Vendas: 03/08/2009

Censura dos Shows: 14 anos

Informações e venda: (21) 2511-0800

WORKSHOPS

Instituto Oi Futuro

TER 08/09
11h: Kuckerman & Ahmad Al Khatib
13h30: Airto Moreira David
16h: Beirut

QUA 09/09
11h: Andrea Piccioni
14h: Trio 3-63 & Cyrill Hernandez

 

Programação

PRIMEIRA NOITE (08 de setembro)

Trio 3-63 – Brasil/ RJ (Marco Suzano , Andrea Ernest, Paulo Braga)
Andrea Piccioni – Itália
David Kuckerman – Alemanha & Ahmad Al Khatib – Jordânia
Airto Moreira & Flora Purim – Participação Especial: Eyedentity – Brasil/EUA

SEGUNDA NOITE (09 de setembro)

Trio 3-63 – Brasil/ RJ (Marco Suzano , Andrea Ernest, Paulo Braga)
Cyril Hernandez + Cyrille Brissot – França – Artista Convidado: Zero
OKI DUB AINU BAND + EXPE – Japão
Beirut – EUA

*Workshops: 09 (nove) por cidade, sendo ministrados gratuitamente ao publico interessado pelas atrações/grupos participantes do festival.

**Encontros Culturais entre artistas do Festival com Projetos Sociais que utilizam a música como forma de Inclusão Social.

SÃO PAULO
Shows das bandas Manacá e Beirut

Local: Via Funchal

(Rua Funchal, 65 – Vila Olímpia)

Data: 11 de setembro de 2009

Horário: 22h (Abertura da casa: 20h)

www.viafunchal.com.br

Horário da bilheteria: das 12h às 22h (de segunda à domingo)

Censura: Livre

PREÇOS

Plateia Vip: R$ 180,00
Plateia 1: R$ 150,00
Plateia 2: R$ 120,00
Plateia 3: R$ 90,00
Plateia Lateral: R$ 60,00
Mezanino Central: R$ 150,00
Mezanino Lateral: R$ 120,00
Camarote: R$ 180,00
Cartões de Crédito: Visa, Mastercard e Diners

Cartões de Débito: *Visa Electron.

*Somente em nossa bilheteria.

Estudantes tem direito a 50% de desconto no valor do ingresso em qualquer setor da casa. Os ingressos de estudantes são vendidos apenas nas bilheterias da Via Funchal.

INFORMAÇÕES E VENDA
www.viafunchal.com.br
(11) 2198-7718 (Call Center)


A MIDIORAMA é responsável somente pela ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO deste evento, não tendo qualquer envolvimento ou responsabilidade sobre a produção, organização, venda de ingressos, agenda ou programação.


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